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Um diploma para méritos e competências

Profissionais que reúnam as competências para exercer posições de liderança no mercado segurador poderão ter seus méritos reconhecidos pela Certificação Profissional CNseg – CPC. A diplomação foi criada pela Confederação com o objetivo de acelerar o progresso profissional dos colaboradores do setor e de sistematizar o conhecimento específico em seguros. A CPC iniciará nas capitais de São Paulo e Rio de Janeiro, onde os candidatos serão submetidos a exame aplicado pela Escola Nacional de Seguros, no dia 21 de outubro. A avaliação será abrangente e envolverá conhecimentos específicos em cinco disciplinas, que compreendem desde os princípios técnicos, legais e normativos de Danos e de Pessoas, além de Previdência Complementar Aberta, Saúde Suplementar e Capitalização, Ética, Controles Internos, entre outros. Segundo o presidente da CNseg, Marco Antonio Rossi, a CPC foi estruturada em torno de competências, em vez de funções específicas, não apenas para reconhecer as habilidades dos profissionais brasileiros, como também para elevá-los ao patamar de mercados desenvolvidos, onde a certificação profissional é utilizada para identificar competências e alavancar carreiras.A seguir, Marco Rossi explica por que a CPC será um marco na qualificação do setor de seguros.Por que a CNseg assumiu a missão de certificar os profissionais do mercado segurador?Primeiramente, porque é nosso compromisso institucional estimular e oferecer meios para elevar a qualificação dos profissionais do setor de seguros. Diante da dinâmica e complexidade do seguro, o conhecimento e a prática serão os principais instrumentos para enfrentarmos as demandas do futuro. Nosso foco é aprimorar as qualificações dos recursos humanos do setor, não apenas para que as empresas de seguros obtenham melhor desempenho em sua atividade, como também para reconhecer formalmente a capacidade e o mérito de profissionais talentosos.Como a CPC poderá alinhar o País a mercados mais desenvolvidos?O mercado de seguros brasileiro não teria avançado tanto nos últimos anos se não contasse com profissionais bem preparados e com excelente nível de conhecimento. Inclusive, no âmbito da formação e qualificação profissional o setor evoluiu bastante, com ampla oferta de cursos, desde técnicos até os de nível superior, incluindo os de pós- -graduação e mestrado. Porém, faltava a essa importante for- ça de trabalho o reconhecimento de seu mérito e competência, por meio de uma certificação profissional em nível com os profissionais de mercados amadurecidos. No Reino Unido, por exemplo, o mercado de seguros dispõe de um órgão, o Chartered Insurance Institute – CII, com a finalidade exclusiva de certificar os profissionais em vários níveis de competência e em atividades gerais e específicas. Também os Estados Unidos possuem várias entidades, entre elas, o The Institutes, que oferece programas de formação e certificação profissional reconhecidos em todo o mundo. Vale registrar que no Brasil a certificação profissional era uma demanda dos próprios colaboradores, que almejavam um diploma que os equiparasse aos melhores do mundo.O que muda na vida do profissional que obtiver a CPC?O primeiro ganho será seu próprio desenvolvimento pessoal, seguido do reconhecimento, tanto em sua empresa, como também no mercado. Um profissional certificado terá mais chances de empregabilidade e condições de ascender na carreira. Em outros países, a certificação é como passaporte para os que aspiram ingressar no mercado de seguros. Para os profissionais que já atuam na área e desejam galgar novos cargos, a certificação não apenas os prepara como valida seus conhecimentos.A CPC poderá amenizar o problema da falta de mão de obra qualificada?Não diria que falta mão de obra qualificada. Talvez, em segmentos específicos, como o de Resseguro, onde a oferta é maior que a procura, em virtude do pouco tempo de existência do mercado aberto. Mas, sob outro ponto de vista, considero que a demanda por profissionais qualificados está aquecida. Recentemente, uma consultoria de recrutamento mapeou os ramos que tendem a remunerar melhor os seus profissionais neste ano, destacando o seguro entre as atividades mais valorizadas, com aumentos salariais de até 17%, enquanto as perspectivas econômicas indicam baixo crescimento. Portanto, a CPC seria um instrumento essencial para estimular o aperfeiçoamento profissional e, ainda, atrair novos talentos para o setor.Então, atrair novos talentos é um dos propósitos?Sim, porque a CPC não é voltada apenas aos profissionais que atuam no setor de seguros. Outros profissionais que tenham alguma afinidade, interesse ou atuem indiretamente no mercado, por meio de prestação de serviços, por exemplo, também poderão obter a certifica- ção. Gerentes de riscos, advogados, peritos, corretores de seguros e outras categorias são candidatos naturais à certificação. Muitos detêm conhecimento e prática, mas não o reconhecimento devido. Para estes, a CPC representará uma conquista e a validação de sua capacidade, abrindo novas portas no mercado.A CPC poderia substituir, futuramente, a certificação técnica ou os propósitos são distintos?Sim, os propósitos são distintos e, portanto, uma não substituirá a outra. A certificação técnica foi criada pelo órgão regulador no intuito de aperfeiçoar a capacidade técnica dos profissionais do setor. Para tanto, a autarquia editou um conjunto de normas – a Resolução CNSP nº 115/2004 e a Circular Susep nº 290/2005 -, que uniformizou as condições mínimas para a certificação técnica de profissionais que atuam nas áreas de Regulação e Liquidação de Sinistros de Auto e Residencial, Atendimento ao Público, Controles Internos e Venda Direta. Inclusive, a CNseg é uma entidade certificadora técnica, desde 2008, e a FenaPrevi, desde 2007.Qual o público-alvo e quais os critérios para se obter a certificação? A CPC é destinada a profissionais que atuem ou queiram atuar no mercado de seguros, com potencial para desempenhar cargos superiores nas empresas e instituições do mercado. Para obter a certificação profissional, os candidatos devem ser aprovados em exame presencial. No caso da CPC, o nível de conhecimento exigido é amplo, abrangendo o segmento de Seguros Gerais, Capitalização, Previdência Complementar Aberta e Saúde Suplementar. Já o exame será constituído por questões de múltipla escolha em cinco disciplinas, com pesos diferenciados. O candidato deverá atingir a média global de sete, de acordo com a grade e pesos estabelecidos.Como os candidatos poderão se preparar o exame do CPC?Para facilitar os estudos, a Escola Nacional de Seguros disponibilizará gratuitamente material de apoio baseado em publicações sobre os assuntos abordados. A bibliografia recomendada contempla a legislação vigente, como resoluções e circulares da Susep, leis e decretos e publicações atualizadas.Como os interessados podem ser inscrever?O primeiro exame será realizado no dia 21 de outubro, nas cidades do Rio de Janeiro e de São Paulo. O exame será presencial, na parte da manhã, em local a ser confirmado. A taxa de inscrição será de R$ 200,00 (para pessoas físicas), com desconto para inscrições feitas pelas empresas empregadoras. As inscrições podem ser realizadas pelos próprios profissionais ou por suas respectivas empresas, entre os dias 17 de agosto e 18 de setembro, pelo site da Escola.O Programa CPC atingirá outros estados?Sim, este é um objetivo. Em 2016, a CNseg e a Escola Nacional de Seguros já se organizam para o lançamento do curso preparatório (opcional), primeiramente em formato presencial e, posteriormente, em formato EaD (ensino a distância). Disponibilidade de tempo e dificuldade de deslocamento não serão empecilhos para quem deseja obter a certificação profissional.

Fonte: CNSEG

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