Burocracia no Seguro automóvel dificulta vendas
Profissionais perdem mais tempo com o pós-venda do que com atratividade de novos consumidores, dificultando o crescimento da receita. Este e outros obstáculos foram debatidos durante o painel Automóvel: vender mais vs. obstáculos operacionais, que contou com a presença de executivos de seguradoras e Corretores de seguros.
Segundo um dos palestrantes, o Corretor Marcos Antônio Cheganças, o Seguro automóvel deixou de ser apenas para o veículo e começou a agregar diversas assistências, como residência, cartão de descontos, entre outras vantagens.
Outro ponto abordado pelo profissional foi a variedade e a quantidade de produtos no mercado, que podem ser uma barreira na hora de oferecer o seguro. O perfil diferenciado entre as companhias, o canal de comunicação deficiente, a regularização do sinistro, a recusa na aceitação do risco e mais diversos obstáculos, podem impedir o Corretor de prosperar.
O desconto aplicado pelo Corretor para baratear o prêmio do Seguro foi apontado por Cheganças como um problema a ser combatido e mostrou que, de acordo com uma pesquisa da Porto Seguro, 80% dos clientes fecham proposta com o primeiro Corretor. Sem o desconto no Seguro, o Corretor pode investir em melhoramentos para a empresa, em colaboradores, entre outras situações.
A visão das seguradoras
Segundo o diretor de automóvel da Porto Seguro, Luiz Pomarole, vários pontos dificultam as vendas do Corretor, como o trabalho operacional , a concorrência e a burocracia dos processos. Segundo o executivo, a legislação brasileira também pode ser um agravante burocrático nos trâmites do Seguro automóvel. A lei sobre a guarda de documentos diz que o corretor deve manter o contrato por um ano, mas a Susep diz que deve ser feita por cinco anos, revela Pomarole.
O diretor gerente comercial da Bradesco Seguros, Marco Antônio Gonçalves, apresentou dados de que a indústria automobilística não para de crescer, criando oportunidades e expansão para o Mercado de Seguros. O executivo alertou sobre o atendimento ao cliente e o investimento no relacionamento com o segurado. O consumidor brasileiro, atualmente, está muito exigente. Se o Corretor não conhecer o seu cliente e não estreitar o relacionamento, tende a perder espaço no mercado, destacou.
Fonte: CQCS
