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Setor de seguros ganha Carta de Conjuntura

O economista Francisco Galiza, diretor da Rating de Seguros e consultor do Prêmio Cobertura-Performance, acaba de apresentar a Carta de Conjuntura do Setor de Seguros. Segundo ele, o objetivo é avaliar mensalmente o segmento e os setores relacionados, como resseguro e capitalização.
O estudo é dividido em quatro capítulos – “Carta de Conjuntura”, com um resumo e as principais conclusões; Análise macroeconômica; Avaliação de diversos aspectos de setor de seguros com projeções para o segurado e Tabelas estatísticas.
Nos aspectos macroeconômicos, a primeira Carta registra a diminuição nas expectativas favoráveis dos agentes com o comportamento da economia brasileira. “Tivemos o crescimento da preocupação quanto à trajetória de endividamento das contas públicas, com o saldo da balança comercial, com o comportamento da inflação, com a taxa de crescimento da economia, com a queda de notas de empresas internacionais de classificação de riscos e com as consequências da política de administração de preços (por exemplo, combustíveis)”, assinala Galiza.
Algumas projeções para 2014, conforme a Carta
– A participação do faturamento de Seguros (sem saúde) será de 1,75% do PIB. Aqui, considera-se a taxa média de crescimento dos últimos cinco anos (0,05% de participação de PIB ao ano).
– Em 2014, a participação do faturamento de VGBL + Previdência será de 1,65% do PIB. Aqui, considera-se a taxa média de crescimento dos últimos cinco anos (0,10% de participação de PIB ao ano).
– A partir dos dados de 2013, o PIB nominal de 2014 foi estimado considerando, em 2014, uma taxa de inflação anual média de 6,3% e uma variação real do PIB de 1,7%. Essas informações numéricas foram obtidas dos atuais valores médios estimados pelo mercado financeiro. Isso leva, por enquanto, a um PIB de 2014 em R$ 5.228 bilhões.
– Quando avaliados o segmento de resseguro, as projeções de receita são um pouco mais difíceis em função da volatilidade do segmento e pelo pequeno histórico dos números.
– Porém, em capitalização, as previsões são menos difíceis. Nesse sentido, calculamos também, pelo modelo de correlação linear, a relação existente na evolução dos valores mensais, ao longo do tempo.
– Em termos futuros, para 2014, a estimativa é que o setor de seguros cresça 13%, conforme modelo teórico apresentado nesse texto. Já em capitalização, a variação estimada de receita, por enquanto, é de 21% (2013 para 2014). Como falado acima, em resseguro, ainda não temos uma avaliação mais precisa sobre o crescimento.
Alguns aspectos de 2013
– O ano de 2013 ficou caracterizado pela trajetória favorável dos seguros de ramos elementares e de pessoas, com uma recuperação de períodos anteriores. Este fato pode ser parcialmente explicado pelo fim obrigatório da cobrança do custo de apólice por parte das seguradoras (afetando os seguros de ramos elementares), fazendo com que essas empresas tivessem de repassar aos poucos o valor perdido para os preços, ou seja, prêmios.
– Ao separar os produtos em pessoas e em ramos elementares não houve alterações significativas na trajetória de crescimento (a proporção foi similar). Porém, nos produtos de acumulação (VGBL, por exemplo), o comportamento da receita foi bem abaixo do padrão registrado em anos anteriores. Ao todo, a projeção para 2013 (com dados até novembro) é que haja uma variação de receita de 12% em relação ao ano anterior, abaixo do seu valor histórico (que tem se situado em um patamar de 15%). Um dos motivos principais para essa diminuição é o arrefecimento nas taxas de crescimento econômico.
A íntegra da Carta de Conjuntura está disponível emhttp://www.ratingdeseguros.com.br/pdfs/cartaconjuntura1.pdf

Fonte: Revista Cobertura

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