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FMI reduz previsão de crescimento do Brasil e alerta para crise da Ucrânia

No âmbito mundial, órgão tem perspectiva favorável, mas chama atenção para desaceleração da economia chinesa.
O Fundo Monetário Internacional (FMI) corrigiu para baixo sua previsão de crescimento econômico para o Brasil em 2014 e 2015. No relatório Perspectiva Econômica Global, divulgado nesta terça-feira (08/04) em Washington, o órgão prevê que a economia brasileira cresça 1,8% neste ano e 2,7% em 2015. Em janeiro, as projeções eram de 2,3% e 2,9%, respectivamente.
No âmbito mundial, a instituição registra uma perspectiva favorável, chamando a atenção, entretanto, para incertezas geopolíticas, como a crise da Crimeia, que deverá afetar a economia da Rússia; a baixa inflação, especialmente na Europa; e o enfraquecimento de grandes economias, como Brasil e África do Sul, que deverão crescer mais lentamente que o previsto anteriormente.
“Necessidade de políticas mais restritivas”
A inflação brasileira, que chegou aos 6,2% em 2013, deverá descer para 5,9% neste ano e para os 5,5% no próximo, por isso “continua a haver a necessidade de se aplicar políticas mais restritivas”, escrevem os peritos do FMI. Eles consideram que, “apesar dos aumentos substanciais das taxas de juros, a inflação continua perto do teto da meta oficial” definida pelo Banco Central brasileiro.
Já a taxa de desemprego do país mostra uma de ligeira alta, passando de 5,4% em 2013 para 5,6% neste ano e 5,8% em 2015. Segundo o FMI, a atividade econômica no Brasil continua “abaixo do potencial, e a demanda interna tem sido suportada pela recente depreciação do real e pelo sólido crescimento do consumo e dos salários, mas o investimento privado segue sendo fraco, refletindo, em parte, a pouca confiança empresarial”.
Os técnicos da instituição comandada pela francesa Christine Lagarde recomendam que a intervenção no mercado de câmbio seja mais seletiva e tenha como objetivo “principalmente limitar a volatilidade e evitar condições de mercado desordenadas”.
“A consolidação fiscal ajudaria a reduzir as pressões da demanda doméstica, os desequilíbrios externos e, ao mesmo tempo, contribuiria para reduzir a proporção da dívida pública [em relação ao PIB], que é relativamente alta”, diz o texto.
A crise da Ucrânia ofuscou a previsão de crescimento do FMI para a economia global. O órgão previu para este ano um desenvolvimento robusto da economia mundial, mas, ao mesmo tempo, adverte contra “novos riscos geopolíticos” representados pelo conflito entre Kiev e Moscou. O Fundo vê os países industrializados – sobretudo os Estados Unidos – como principais motores do crescimento global.
O FMI prevê que, após o crescimento apresentado no segundo semestre de 2013, a atividade da economia global continue se intensificando e melhore ainda mais em 2014 e 2015.

Fonte: http://www.dw.de/

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