Mercado Brasileiro de Seguros e Previdência Privada Janeiro à Julho de 2013
Segundo o consultor Luiz Roberto Castiglione o Mercado Brasileiro de Seguros e Previdência Privada encerrou o período em foco apresentando um Lucro Líquido não consolidado tecnicamente de R$ 7,6 bilhões contra R$ 7,7 bilhões do ano passado, uma queda nominal de 0,4%. Excluindo o Resultado de Coligadas e Controladas o Lucro Líquido passa para R$ 4,5 bilhões contra R$ 4,4 bilhões de 2012, um crescimento de 2,4%.
Dois pontos chamam a atenção e justificam a redução da rentabilidade operacional de 22,6% dos prêmios ganhos em 2012 para 20,1% no período em foco:
1- A extinção da receita com emissão de apólice que passou de R$ 1,0 bilhão em 2012 para R$ 233 milhões em 2013, uma queda de 77%. Só aqui temos uma variação desfavorável de R$ 960 milhões. Esse fato será compensado ao longo dos anos via redução de PPNG (custos iniciais de contratação nesse período já temos R$ 354,2 milhões);
2- Impacto da redução da taxa de juros, influenciando diretamente o Resultado Financeiro. Esse somou R$ 3,5 bilhões em 2013 contra R$ 4,5 bilhões em 2012, uma redução de 21%. A variação desfavorável foi de R$ 1,7 bilhão.
A Combined Ratio foi equivalente a 88,96% dos prêmios ganhos contra 90,85% do ano passado. Aqui tentou-se compensar as perdas acima citadas. Aumento da eficiência operacional.
A Taxa Média de Retorno do Patrimônio Líquido foi equivalente a uma aplicação financeira com remuneração anual de 18,78% contra 19,65% de 2012.
O volume de prêmios emitidos sem efeitos de provisões somou R$ 83,7 bilhões contra R$ 71,7 bilhões de 2012, um crescimento de 16,8%. Excluído o VGBL o segmento de seguros gerou uma receita de R$ 47,2 bilhões contra R$ 39,4 bilhões de 2012, uma expansão de 19,6%. A modalidade de Automóveis mantém a liderança com 35,2% das vendas totais de seguros (era 34,5% no ano passado). O Estado de São Paulo correspondeu a 47,9% das vendas totais de seguros (era 50,1% em 2012).
Como pode-se observar o Mercado vem repetindo as rentabilidades do ano passado apesar de um maior volume de vendas. De fato grande parte desses desempenhos estão concentrados em alguns conglomerados financeiros. Temos muitas empresas onde o Capital de Giro do Acionista vem financiando a operação, o que não é um bom indicador, mesmo vendendo mais!
Todos os números aqui relatados foram extraídos do sistema SES SUSEP, calcado nos FIPES que as empresas encaminham mensalmente para a SUSEP, portanto números oficiais.
Nesse relatório foi apresentado os números mensais e diversos gráficos com indicadores patrimoniais e operacionais.
Fonte: EDITORA RONCARATI