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Mesa-redonda promovida pela ESNS debate os desafios da demografia

De todas as mudanças demográficas sofridas pelo Brasil nos últimos anos, a queda da taxa de fecundidade é a que tem mais impactos micro e macroeconômicos. A opinião é do professor José Eustáquio Alves, da Escola Nacional de Ciências Estatísticas (ENCE) do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), que é um dos convidados da mesa-redonda “Economia e Seguro: Os Desafios da Demografia”. O evento, que é gratuito e irá acontecer nos dias 2 e 10 de julho, em São Paulo e Rio de Janeiro, respectivamente, contará também com participação dos economistas Claudio Contador, diretor de Ensino Superior e Pesquisa da Escola, e Lauro Faria, assessor da Diretoria Executiva da instituição. O debate se concentrará nos impactos da atual conjuntura macroeconômica sobre os mercados de previdência e seguro. Segundo José Eustáquio, a queda da fecundidade libera as mulheres para uma maior inserção produtiva no mercado de trabalho. A redução do número médio de filhos também provoca mudanças na estrutura etária da população, aumentando a proporção de pessoas em idade de trabalhar. “Este processo gera um bônus demográfico que é bom para as famílias e para a economia. Esta janela de oportunidade possibilitou a redução da pobreza e o crescimento da chamada classe média nestes primeiros anos do século XXI”, avalia. Para o professor da ENCE, o aumento da população em idade produtiva tende a ampliar o setor de seguros. “Com a mudança nos padrões domiciliares, a família extensa cede espaço para a família nuclear e pequena, com alta mobilidade social. Os filhos deixam de ser o principal “seguro” para os pais na velhice. As pessoas passam a buscar mais apoio nos mercados de seguro e previdência”. A indústria de seguros começou a entender os desafios e oportunidades desta nova conjuntura econômica e demográfica a partir da retomada do crescimento econômico, na primeira década do século XXI. De acordo com José Eustáquio, o mercado segurador registrou grande crescimento especialmente depois da implantação do Plano Real. “A receita anual com prêmios de seguros e contribuições a planos de previdência, que era de US$ 32 por habitante, em 1990, passou para cerca de US$ 400 em 2012. Um crescimento de 13 vezes. No mesmo período, a participação no PIB passou de 1,2% para 3,5%. O mercado de seguros também assumiu protagonismo crescente no fornecimento de serviços nas áreas de saúde e de seguridade social”, explica o especialista. Os interessados em assistir à mesa-redonda, devem se inscrever no site da FUNENSEG, onde estão disponíveis mais informações.

Fonte: Clube das Luluzinhas

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