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XV Conec Discute o Futuro dos Corretores

A conteceu entre 11 e 13 passados o 15.º Congresso Estadual dos Corretores de Seguros de São Paulo – XV Conec. Organizado pelo Sindicato dos Corretores de Seguros do Estado de São Paulo, o evento foi aoar turbinado por um setor em franco desenvolvimento.
Ninguém duvida que o Brasil avança para um patamar social bem mais elevado do que o atual. Isso gera novas expectativas e desejos, e entre eles a necessidade de proteção ganha força, impulsionada,principalmente, pelo desenvolvimento econômico de mais de 30 milhões de pessoas que saíram da pobreza e ingressaram na classe média.
Entre a fila do SUS e o plano de saúde privado, o plano de saúde privado. Entre correr o risco de ficar sem carro e o seguro do primeiro carro, comprado com financiamento de 60 meses, o seguro. E, por que não, mais garantia para os equipamentos eletroeletrônicos sempre sonhados e agora possíveis? Esse cenário escancara a necessidade do desenvolvimento de soluções que atendam consumidores despreparados para lidar com produtos mais sofisticados, como mínimo de atrito. Não adianta vender apólices escritas em português contratual para quem não tem capacidade de compreender exatamente o que seja um contrato.
Mas, além da necessidade de criar novos produtos, surgem mais duas certezas. Os sinistros devem ter seu pagamento imediatamente feito, quer dizer, não podem depender de um processo de regulação convencional para serem pagos e precisam chegar aos consumidores de forma muito barata, já que o preço pode não alcançar R$ 20 por ano.
De outro lado, os grandes riscos que vão pipocando em investimentos nas mais variadas áreas exigem seguros para eles, além de abrir todo um universo de novos negócios e empregos que também precisam de proteção.
Como tratar os seguros de pessoas? Como comercializá-los? Como desenhá-los para dar ao brasileiro o mesmo grau de proteção encontrado em mercados mais avançados? Será que os planos de saúde atendem a população? Será que a previdência privada aberta está com os melhores produtos? Será que a internet é um risco para o corretor de seguros? Será que a figura do agente será legalizada? Será que as normas para comercialização do micros seguro são uma ameaça para a profissão de corretor de seguros? Não considerar a impossibilidade de cobertura para os chamados riscos declináveis é fechar os olhos para um drama atual, que ameaça deixar centenas de empresas sem seguro de incêndio e fora da lei, já que não conseguem contratar um seguro obrigatório, de acordo com o Decreto-lei n.º 73/66.
Como se vê, dentro do momento positivo, existem problemas sérios que precisam ser resolvidos e que afetam toda a cadeia de comercialização de seguros.
Existem várias perguntas sem resposta. E a mais dramática é se o corretor de seguros com o desenho atual tem futuro. É isso que obriga a discussão destes e de outros assuntos que afetam o setor de seguros, não apenas entre os corretores,mas também com seguradores, resseguradores e segurados.
O Conec, tradicionalmente,é um palco importante para os corretores colocarem na mesa suas reivindicações, anseios e expectativas. E é também o palco perfeito para as seguradoras deixarem claras suas posições, para onde desejam ir e por quê.
O desenho do setor está mudando rapidamente e, apesar de o governo sinalizar que o problema do seguro nacional passa pela capacidade técnica e econômica das seguradoras,isso não é verdade. O grande nó de verdade se chama comercialização.
A baixa capilaridade e as formas empregadas para alcançar o consumidor impedem que os produtos de seguros atinjam todos os níveis sociais com custo/benefício interessante para o cidadão. Com certeza, o XV Conec discutiu essas questões, colocando frente a frente os melhores e mais importantes executivos das mais diferentes empresas, de todas as áreas envolvidas com seguros, resseguros, previdência privada aberta, planos de saúde privados e capitalização.

Fonte: O Estado de São Paulo

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