Wall Street Journal: Banco Central se movimenta para segurar a volatilidade do real
Nesta quarta-feira (23), o Banco Central do Brasil interveio para tentar acalmar a volatilidade do mercado de câmbio do país e sustentar o real, a moeda brasileira continua sua corrediça em relação ao dólar.
No início da tarde, o banco anunciou nos leilões de contratos de swap de moeda-empresa, que oferecem uma proteção contra os reais mais fracos, e leilões de contratos de dólar de recompra, que temporariamente injetam dólares no mercado. Mais tarde, ainda na quarta-feira, o banco anunciou mais dois leilões de recompra.
Na manhã da última terça-feira (22), o real tinha ido de $4,0150 para $4,1430 no início da tarde, e fechou a $4,0450.
Em 2013, o Banco Central iniciou um programa de leilões regulares de acordo de swap de dólar. No início deste ano, o banco parou de leiloar esses contratos de swap, mas foi rolar contratos existentes. Nas últimas semanas, o banco central também tem leiloado acordos de dólar de recompra em três ocasiões.
O diretor da corretora de Livre Comércio, em São Paulo, Luiz Carlos Baldan, fez um anúncio nesta quarta-feira que deu um breve impulso para o real, o diretor anunciou que o Banco Central precisa vender real diretamente para o mercado para que o impacto seja mais duradouro.
Eles não fizeram nada que já não tenha sido feito antes, é por isso que o dólar subiu novamente, logo após o anúncio ele disse. O banco tem que entrar e vender dólares por reais. Se eu vender o meu carro, eu não vou pedi-lo de volta após algumas semanas, qual é o ponto?
Nos últimos dias o valor do real caiu em relação ao dólar, passando de $3,94 para níveis recordes. O real foi lançado no ano de 1994, substituindo a moeda anterior (cruzeiro) como parte de um plano para conter a inflação que estava fora de controle no país.
Nos últimos 12 meses, a moeda brasileira perdeu cerca de 70% do seu valor em relação ao dólar. A economia do país tem travado uma batalha contra um escândalo de corrupção na Petrobras, uma empresa estatal que tem seu controle nas mãos de dezenas de políticos proeminentes brasileiros.
Fonte: Jornal do Brasil