Volatilidade reduz lucro do mercado
As principais seguradoras, resseguradoras e corretoras de seguros internacionais estão divulgando redução em seus ganhos do primeiro semestre do ano, afetadas, principalmente, pela volatilidade dos mercados acionários, que provocou perdas na carteira de investimentos e desvalorização de suas ações no mercado. A Principal Financial Group, uma das principais seguradoras dos Estados Unidos na venda de planos empresariais de previdência, registrou queda no lucro disponível para acionistas no primeiro semestre deste ano comparado com o mesmo período do ano anterior, passando de US$ 560 milhões para US$ 342 milhões. O faturamento também declinou, de US$ 5,4 bilhões para US$ 5,1 bilhões, segundo dados financeiros divulgados pelo grupo.
A Principal no Brasil é sócia do Banco do Brasil na Brasilprev, terceira maior empresa de previdência privada aberta do País. O grupo americano é tido como o principal interessado na compra da participação acionária que o BB acaba de adquirir da Aliança da Bahia na Aliança do Brasil, por R$ 670 milhões, seguradora especializada em vida e ramos elementares. Segundo fontes do setor, para a Principal entrar na disputa, o BB teria de segmentar os nichos de negócios, fatiando a venda. Com isso, a Principal ficaria com vida e outra seguradora com ramos elementares, como seguro patrimoniais para empresas, residencial e seguro rural.
Lucro da Swiss Re
A Swiss Re, maior resseguradora do mundo e presente no Brasil, divulgou ontem queda de 53% no lucro do segundo trimestre do ano, para US$ 536 milhões, comparado com os US$ 1,13 bilhão do mesmo período anterior. Os prêmios ganhos também tiveram queda de 23%, para US$ 5,8 bilhões. Segundo o grupo, o fraco desempenho do mercado acionário foi o principal vilão da queda nos resultados. Jacques Aigrain, CEO do grupo, comentou em nota que “a boa performance das áreas de seguro de ramos elementares, responsabilidade civil, vida e saúde demostra a nossa especialização em gerenciar riscos, apesar das condições adversas do mercado financeiro “.
A alemã Munich Re, segunda maior resseguradora do mundo, registrou queda de 47% no lucro líquido do segundo trimestre de 2008, para EUR 599 milhões de (US$ 929 milhões), em relação ao mesmo período do ano anterior. O mau desempenho foi atribuído a redução do valor dos investimentos. Em julho, Nikolaus von Bomhard, CEO do grupo, disse que o fraco desempenho dos mercados acionários reduziria os investimento e a projeção de lucro para 2008, ocasionando a maior desvalorização nas ações da Munich Re em cinco anos.
A Marsh & McLennan divulgou queda de 63% nos ganhos do segundo trimestre do ano, para US$ 65 milhões. O forte impacto foi causado pela queda do valor de mercado causado pela volatilidade das bolsas mundiais. O faturamento cresceu 9%, para US$ 3 bilhões. A Liberty Mutual divulgou lucro líquido US$ 660 milhões no primeiro semestre deste ano, US$ 29 milhões abaixo do registrado em mesmo período anterior. O faturamento chegou a US$ 13,8 bilhões, alta de 11,2% em relação ao 1º semestre de 2007.
Fonte: Gazeta Mercantil