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Violência em escolas eleva a demanda por seguros

Diante do cenário de violência crescente nas escolas do país, a demanda por seguro disparou na principal empresa que vende a proteção aos estabelecimentos educacionais.

A reportagem produzida pela Denise Bueno, colunista do InfoMoney, procurou diferentes seguradoras para obter delas os tipos de cobertura disponíveis para as escolas, mas a maioria optou por não conceder entrevistas, por receio de gerar alguma conotação distorcida sobre o tema, considerado sensível.

Trata-se de uma plataforma especializada em atender as necessidades das escolas em seguros e assistências aos alunos, professores e corpo diretivo da instituição.

Por meio da Patente Godinho Corretora de Seguros, que administra o seguro Peper, os produtos são distribuído por corretores de seguros especializados e garantidos pela MAG Seguros.

Elaine Patente Godinho, diretora comercial do Peper, conta com um modelo de seguro e assistências desenhado para atender instituições de ensino há 16 anos no mercado.

O principal cliente é a Confenen (Confederação dos Estabelecimentos de Ensino), que reúne mais de 43 mil escolas de educação básica, do infantil ao ensino médio, reconhecidas pelo Ministério da Educação.

O foco do produto conhecido como Seguro Educacional, na modalidade acidentes pessoais, é cuidar da integridade física do aluno, do professor e de todo corpo diretivo da instituição, uma vez que a legislação presume culpa objetiva do estabelecimento quando um acidente acontece no local. Já o seguro prestamista contribui na continuidade dos estudos do aluno quando da perda do responsável financeiro.

O custo médio do seguro chega a R$ 3 mensais por aluno, para uma indenização média de R$ 15 mil. O valor é negociado de acordo com o perfil e a região de cada escola.

O seguro se propõe a pagar indenizações por acidentes, bem como prestar atendimento e oferecer assistência como deslocamentos para sessões de fisioterapia ou descontos no aluguel de equipamentos, como cadeira de rodas. Elaine:

Elaine comenta que além das trágicas notícias sobre ataques, as instituições estão preocupadas com as ameaças que circulam pela internet sobre o dia 20 de abril. Foi nesta data (há 24 anos) que o massacre de Columbine, nos Estados Unidos, causou a morte de 12 alunos, um professor e deixou outras 21 pessoas feridas. “Em um movimento que começou em 2022 e se consolidou no começo desse ano, fizemos a ampliação do nosso escopo com a implementação do seguro de proteção escolar permanente, destinado exclusivamente às instituições de ensino e que garante cobertura indenizatória a alunos, professores e outros funcionários de instituições de ensino em casos de morte acidental, incluindo as relacionadas a violência nas escolas. Além, é claro, da possibilidade deste tipo de profissional poder contratar espontaneamente um seguro de vida individual, o que é recomendável de forma geral para toda a população”, conta Helder Molina, CEO da MAG Seguros.

A seguradora Centauro ON, com vendas concentradas no Sul do Brasil, tem na prateleira um seguro para escolas há 15 anos, informa o diretor Renato Barbosa.

Segundo ele, o custo é inferior a R$ 5 por pessoa e são vendidas mais de 50 apólices mensais, em todo o país. “A demanda neste ano aumentou bastante, mas não temos qualquer intenção de promover vendas e sim em atender corretores que buscam proteção para seus clientes”, afirmou.

Também é possível agregar ao seguro educacional a proteção conhecida como prestamista, que cobre o valor da mensalidade escolar pela perda do mantenedor do estudante. Outras coberturas também já estão a caminho, como reparação dos danos causados por bullying e homotransfobia, situações que, até pouco tempo, eram tratadas como simples piadas de mau gosto.  

Fonte: NULL

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