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VINTE E OITO PETROLEIROS SERÃO CONSTRUÍDOS TOTALMENTE NO BRASIL

A diretoria do Sindicato Nacional da Indústria Naval e Offshore (Sinaval)
viaja, no próximo dia 12 para Venezuela para assinar os contratos de
construção de 36 embarcações para a PDVSA. Orçado em cerca de US$ 3 bilhões,
o contrato prevê a construção integral de 28 embarcações de grande porte no
Brasil e oito serão construídas em estaleiros brasileiros (casco) e
finalizadas na Venezuela, conforme disse ontem o presidente da entidade,
Ariovaldo Santana Rocha.
Os estaleiros encarregados dessa construção são: Atlântico Sul (Camargo
Corrêa), Mauá-Jurong, Eisa, Keppels Fels e Itajaí. O estaleiro Aker Promar
fará uma joint venture com a estaleiro Atlêncito Sul. Essas encomendas,
segundo Rocha irão gerar cerca de 10 mil empregos diretos. Atualmente, o
setor naval emprega cerca de 37,5 mil trabalhadores. A concorrência
internacional da PDVSA participaram ainda estaleiros da Espanha e Argentina
que construirão, respectivamente, 2 e 5 navios. A Venezuela, através da
PDVSA, terá direito a uma linha de financiamento no BNDES.
“As obras dessas embarcações costumam iniciar cerca de 9 a 12 meses depois
da assinatura dos contratos, ou seja, prevista para 2007″, comentou,
acrescentando que a PDVSA tem projeto para construir 30 plataformas de
exploração de petróleo e gás nos próximos 10 anos. “Se cada plataforma
precisa de três navios de apoio, eles vão precisar de muitas embarcações de
apoio offshore.
O presidente do Sinaval fez questão de frisar que a indústria naval
brasileira precisa de um tempo para atingir a competitividade. No entanto,
afirmou que a concorrência da PDVSA mostrou que o país pode competir com os
estaleiros internacionais. “Precisamos de algum tempo para alcançar a
competitividade. A licitação da Transpetro será o exemplo. As primeiras
embarcações serão um pouco mais cara. Depois, ficarão com preços
competitivos. O mesmo que aconteceu com os barcos de apoio. Hoje somos
competitivos internacionalmente”.
Estudo
Com base em um estudo feito pela empresa Clarkson – consultora
internacional – Rocha afirmou que o preço sugerido pelo estaleiro
Mauá-Jurong para a construção de um navio de produtos, cerca de US$ 83
milhões, não é tão absurdo. O preço de US$ 40 milhões, dito pelo presidente
da Transpetro, Sérgio Machado, como sendo o valor no mercado internacional,
foi questionado por Rocha. De acordo com o estudo, o valor de uma embarcação
simples gira em torno de US$ 54 milhões. No entanto, se o armador pedir que
o navio tenha mais tecnologia ou mais equipamentos, esse valor é alterado
significativamente.
“O presidente da Transpetro já chamou o Mauá-Jurong para negociar. Acredito
que ambas as partes chegarão a um acordo. A Transpetro faz algumas exigência
como, por exemplo, o casco duplo. Tudo isso entra como custo”, comentou,
acrescentando que o setor naval até o ano de 2010 tem em encomendas cerca de
US$ 19 bilhões.
“O governo brasileiro está empenhado em reduzir o custo com o frete, que
hoje gira em torno de US$ 10/ano. Mais de 50% da frota da Transpetro é
afretada e o restante já está em idade avançada. Por isso há necessidade de
uma renovação. Nós só temos um problema que precisa ser resolvido, o seguro
garantia. Nós não temos subsídios e o IRB só tem limite de US$ 50 milhões
por empresa. Isso precisa ser resolvido”.

Fonte: Monitor Mercantil

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