Vice governador afirma que resseguro é prioridade para o Rio de Janeiro
Tudo o que precisar ser feito para estimular o crescimento deste setor, pode contar com a gente, afirmou Francisco Dorneles, vice-governador do Rio de Janeiro. Ele foi o último a discursar e o mais descontraído. O seguro e resseguro são segmentos com o maior potencial de crescimento na economia brasileira e por isso contam com o nosso apoio. Ele citou que o estado perdeu recursos com a crise da Petrobras, diante das investigações Lava Jato, levando o Estado a ter uma previsão de déficit de R$ 13 bilhões. Cerca de R$ 10 bilhões o Estado já negociou e os R$ 3 bilhões que ainda faltam vou pedir a vocês, adiantou, quebrando o tom sério da plateia, que sorriu com gosto ao ouvir a afirmação do vice-governador do Rio de Janeiro.
O resseguro é o tema desta semana no mercado segurador. São mais de 500 profissionais presentes no 4o. Encontro de Resseguros no Rio de Janeiro. O Brasil conta hoje com 120 resseguradoras, que ofertam produtos e serviços para um mercado ainda pequeno de seguros, com faturamento anual de R$ 120 bilhões. Os resseguradores registraram vendas de R$ 9 bilhões no ano passado, um crescimento contínuo desde abril de 2008, quando o setor disse adeus ao monopólio de quase 70 anos. Há muita capacidade de capital para riscos do mercado brasileiro, que pode ser observada na forte concorrência que o setor vive desde a abertura, comentou Paulo Pereira, presidente Fenaber (Federanção Nacional dos Resseguradores).
Marco Antonio Rossi, presidente da CNseg, destacou que o mercado segurador está inserido em uma economia crescente. Independentemente das dificuldades que estamos vivendo neste momento, temos grande potencial de crescimento já atestado pelas maiores economias do mundo, como os EUA, que vêem o Brasil em 2030 como a sexta maior economia do mundo, citou. Rossi afirmou que a CNseg e as federações têm um papel fundamental em apresentar o setor ao governo. Muitas vezes vemos dificuldade de o governo entender como o setor funciona, sobre a importância das seguradoras e resseguradoras nos projetos de infraestrutura e no debate de proteções securitárias para os programas de investimentos, explicou ele aos resseguradores presentes.
Danilo Silva, representante da Susep, destacou que a autarquia está debruçada na modernização das normas que regulam o resseguro e citou algumas medidas em curso, como a circular 495, que estimula a entrada de novos competidores em risco de petróleo, bem como medidas para atualizar a aceitação de retrocessão pelas seguradoras. Todas essas medidas visam dar condições do resseguro avançar em 2015, ano em que a previsão é de crescimento num ritmo menor, disse ele, ressaltando que em 2014 os resseguradores locais registraram avanço de 163% no lucro líquido, se tornando mais solventes.
Marcio Coriolano, presidente da FenaSaúde e da Bradesco Saúde, destacou que a saúde suplementar fatura R$ 120 bilhões por ano e 40% dessa faturamento vem das associadas da federação. Informou que o segmento tem crescido 3,5% em beneficiários ao ano, um índice elevado se considerado a evolução da população brasileira de 1% ao ano. Em vendas, o avanço médio tem sido de 15%. Todas as pesquisas dão conta de que plano de saúde é o terceiro desejo da população, perdendo apenas para casa própria e educação. E por isso apostamos no bom desempenho do nosso setor mesmo diante da retração da economia prevista para 2015, disse. Coriolano afirmou aos resseguradores que o setor precisa do apoio do resseguro para poder lidar com eventos complexos e que necessitam de produtos específicos e que tragam inovações do ponto de vista de economia de custos, gestão e possibiidade das operadoras atuarem com novos produtos.
Robert Bittar, presidente da Escola Nacional de Seguros, afirmou que o resseguro é um dos principais temas da instituição. Temos vários cursos para a formação de técnicos, cada vez mais demandados nos dias de hoje, com riscos novos e cada vez mais complexos.
João Francisco da Costa, diretor da FenSeg e CEO da HDI, destacou que a relação da federação com os resseguradores é vital para a boa operação e solvência das seguradoras. Precisamos do apoio, da parceria e do comprometimento no longo prazo para que possamos implementar nossos planos de expansão com necessidades cada da mais complexas.
Fonte: Sonho Seguro