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VGBL volta a impulsionar setor

Cálculos de técnicos da Superintendência de Seguros Privados (Susep),
divulgados em seu relatório de fevereiro e sujeitos a mudanças, indicam que
o mercado de seguros, sem o ramo saúde, fechará os três primeiros meses do
ano com crescimento nominal próximo de 19,6%, elevando o faturamento para R$
11,262 bilhões, confrontado com a receita efetivada no exercício anterior,
de janeiro a março, que foi em R$ 9,414 bilhões.
A projeção indica que 2006 começou bem, considerando que o início de 2005
foi o pior período do ano. A receita à época despencou, fortemente
influenciada pelo tombo do planos de vida de benefício livre (VGBL).
Nominalmente, o mercado nos três meses iniciais do ano passado cresceu
apenas 6,2%. Mas em termos reais, descontado o efeito da inflação, as contas
da Federação Nacional das Seguradoras (Fenaseg) mostram claramente que o
quadro era de retração: as vendas caíram 3,8% em 2005, no período focado.
Os números estimados pela Susep indicam ainda que, da mesma forma que
determinou a inércia do cenário no limiar de 2005, o VGBL será o grande
responsável pelo crescimento desenhado para o começo deste 2006. O produto
subirá expressivos 68,1% no trimestre, quando terá captado R$ 3,3 bilhões,
quase um terço do faturamento do mercado.
Nos demais ramos, a previsão é de um bom desempenho também no ramo de
automóvel. Na avaliação dos técnicos da Susep, o produto tende a repetir a
desenvoltura dos três primeiros de meses de 2005, quando cresceu quase 20%.
No trimestre que fecha agora, a carteira crescerá quase 30% (exatos 29,9%),
ao movimentar R$ 2,887 bilhões.
Já o comportamento do seguro de vida em grupo não será muito animador. A
expansão será de 6,2%, com receita de R$ 1,258 bilhão. Em 2005, foi de 7,6%
de janeiro a março. No segmento ligado ao setor produtivo, a previsão é de
queda nas vendas. A receita esperada de R$ 1,041 bilhão recuará 3,9%, ante o
crescimento de 12,6% no primeiro trimestre do ano passado.
Já o incremento dos seguros de transportes melhorará: de 5,1%, em 2005, para
8,3% nos três primeiros meses deste ano, quando a receita deverá chegar em
R$ 370 milhões. Pelos dados já conhecidos, referentes a janeiro, a atividade
de seguros cresceu 41,3%, ao faturar R$ 4,619 bilhões, sem o ramo saúde. No
VGBL, as seguradoras faturaram R$ 1,111 bilhão, 24,1% do total do mercado.
As vendas do produto subiram 65,4% frente a janeiro de 2005. O seguro de
automóvel também registrou desempenho excelente, ao captar R$ 1,113 bilhão,
alta nominal de 55,3%.

Fonte: Jornal do Commercio

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