Vendas subiram acima de 16% no ano passado
As seguradoras fecharam o ano de 2007 faturando R$ 58,593 bilhões,
expansão nominal de 16,8% frente à captação de R$ 50,174 bilhões de 2006, segundo estatísticas divulgadas nesta quinta-feira pela Superintendência de Seguros Privados (Susep), que não incluem os dados do ramo saúde, sob alçada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS).
Com a ocorrência de sinistros em 2007, as seguradoras devolveram aos segurados R$ 16,859 bilhões, na forma de pagamento de indenizações de seguros. O montante subiu 7,1% frente aos pagamentos efetuados em 2006, 4 pontos percentuais abaixo da expansão da receita de prêmios ganhos, que cresceu 11,1%, para R$ 31,272 bilhões. No período, a parcela dos sinistros sobre a receita de prêmios ganhos caiu de 56% para 54%.
O plano gerador de benefício livre (VGBL) foi o destaque das vendas em 2007, com incremento de 31,9%. O faturamento do produto foi a R$ 20,190 bilhões, contra os R$ 15,311 bilhões de 2006. Sem o VGBL crescimento do mercado de seguros brasileiro no ano passado cairia para 10,1%, com o faturamento na casa de R$ 38,403 bilhões. A captação do VGBL em 2007 representou 34,4% do faturamento global do setor. Em 2006, esta participação ficara em 30,5%.
PESSOAS. Excluído o VGBL, o segmento de pessoas, com receita de R$ 10,606 bilhões, cresceu 12,7% em 2007. Nos seguros de vida e acidentes pessoais, as seguradoras faturaram R$ 8,101 bilhões, 7% a mais do que em 2006. No ano passado, só os seguros de vida evoluíram 2,9%, para R$ 6,368 bilhões. O seguro prestamista apresentou desempenho bem melhor. Ao faturar R$ 2,073 bilhões, cresceu nada menos que 41,9%.
A expansão dos produtos agrupados na carteira de veículos chegou 6,5% em 2007. Mas o desempenho específico do seguro de automóvel ficou abaixo da evolução da indústria automobilística, que bateu recordes sucessivos de vendas. Neste ramo, o segundo maior do mercado, incluindo a cobertura de responsabilidade civil facultativa de veículos, as seguradoras fecharam o ano passado captando apenas 1,6% a mais do que em 2006, com prêmios na casa de R$ 13,309 bilhões. Os preços desse produto caíram em média algo perto de 20%, em relação a 2006.
Os produtos destinados à proteção patrimonial (pessoal e empresarial) subiram 13,3% em 2007, atingindo receita de R$ 5,656 bilhões. O seguro de extensão de garantia de eletrodomésticos e eletrônicos, entre outros bens, pulou de R$ 285,1 milhões, em 2006, para R$ 1,340 bilhão, em 2007, alta de 369,9%. Já a cobertura direcionada para construção cresceu 13%, para R$ 300,8 milhões. A expansão dos riscos nomeados e operacionais alcançou 2,8%, na casa de R$ 929,5 milhões, enquanto as vendas de planos compreensivos aumentaram 6,1% em 2007, para R$ 2,047 bilhões. Na cobertura residencial, o incremento foi de 7,7%, movimentando R$ 812,5 milhões; e na empresarial de 5%, ao bater em R$ 1,094 bilhão.
No segmento de transportes de mercadorias, as seguradoras faturaram em 2007 mais de R$ 1,584 bilhão, expansão de 5,7% frente a 2006. Nos seguros de exportação e importação, os prêmios foram a R$ 406,4 milhões e cresceram 5,7%. O transporte nacional cresceu em ritmo idêntico: 5,8%, para R$ 463 milhões. Na cobertura de responsabilidade civil do transportador de cargas, as seguradoras captaram R$ 397,9 milhões, registrando expansão de 10,1%.
Fonte: Jornal do Commercio