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Vendas sobem 18% em 7 meses

As vendas de seguros no País cresceram 18,4% de janeiro a julho, para R$ 38,558 bilhões, contra R$ 32,572 bilhões em igual período de 2007, segundo dados da Superintendência de Seguros (Susep), que exclui o ramo saúde, sob alçada da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Sem os planos de vida geradores de benefício livre (VGBLs), tido como o produto de previdência, o crescimento nominal do mercado cai, contudo, para 13,8%. Em 12 meses, fechados em julho, a atividade de seguros ostenta expansão de 17,1%, com receita total acumulada de R$ 64,428 bilhões.
As mesmas estatísticas da Susep mostram que com o pagamento de indenizações em geral as seguradoras desembolsaram R$ 10,789 bilhões até julho, 28% do total dos prêmios captados em sete meses. No ano passado, no mesmo período, a proporção foi 3,1 pontos percentuais maior, de 31,1%. Os sinistros retidos avançaram nominalmente apenas 6,3%, enquanto a chamada receita de prêmios ganhos, da ordem de R$ 19,924 bilhões, evoluiu 12%.
A captação do VGBL de janeiro a julho chegou a R$ 13,333 bilhões, 28,1% acima dos R$ 10,405 bilhões faturados em igual período de 2007. A carteira representa 34,6% do faturamento global do setor. Em 2007, no mesmo espaço de tempo, esta participação ficara em 31,9%. O segmento de pessoas, com receita de R$ 6,798 bilhões sem o VGBL, cresceu 13,4% até julho. Nos seguros de vida e acidentes pessoais, as seguradoras faturaram R$ 5,243 bilhões, 13,5% a mais do que de janeiro a julho do ano passado. No período, os seguros de vida evoluíram 9,8%, para R$ 4,011 bilhões, sendo que os planos coletivos, com receita de R$ 3,540 milhões, subiram 11,2%. Por sua vez, o incremento dos seguros de acidentes pessoais chegou a 27,3%, para R$ 1,259 bilhão. Nos planos coletivos, na casa de R$ 1,053 bilhão, a alta foi de 30,2%.
AUTOMÓVEL. A expansão dos produtos agrupados na carteira de veículos chegou 16,5% nos sete meses iniciais do ano. No desempenho específico do seguro de automóvel, o segundo maior do mercado, as seguradoras chegaram a julho captando 11,9% a mais do que em igual período de 2007. Os prêmios do seguro ficaram em R$ 11847 bilhões, incluindo a cobertura de responsabilidade civil facultativa de veículos.
Ainda na carteira de veículos, o seguro de extensão de garantia de automóvel, embora ainda pouco representativo, deu um grande salto até julho, de 302,8%, com a receita pulando de R$ 2,1 milhões em 2007 para R$ 8,8 milhões em 2008. No seguro obrigatório de veículos automotores (Dpvat), o faturamento chegou a R$ 3,163 bilhões, registrando alta de 30,2%.
Já os produtos destinados à proteção patrimonial (pessoal e empresarial) subiram 9,3%, atingindo receita de R$ 3,638 bilhões até julho. Na modalidade de riscos diversos, com receita de R$ 592,5 milhões, a alta nas vendas foi de 5,5%, enquanto a cobertura direcionada para construção cresceu 10,8%, para R$ 187,9 milhões. Os riscos nomeados e operacionais, por sua vez, caíram 3,2%, com vendas na casa de R$ 614,7 milhões. Já a cobertura de roubo despencou 76,6%, recuando de R$ 89 milhões para R$ 20,7 milhões.
Ainda na área patrimonial, as vendas de planos compreensivos aumentaram 10,4% no acumulado até julho, para R$ 1,302 bilhão. Na cobertura residencial, o incremento foi de 12%, movimentando prêmios da ordem de R$ 522,8 milhões; e na empresarial de 9,7%, ao bater em R$ 692,7 milhões. Já a receita do seguro de extensão de garantia de eletrodomésticos e eletrônicos, entre outros bens, pulou de R$ 673,7 milhões para R$ 902,8 milhões, alta de 34% de janeiro a julho deste ano, no confronto com igual período de 2007.
No segmento de transportes de mercadorias, as seguradoras faturaram R$ 989,9 milhões, expansão de 8,4% até julho, sobre igual período do ano passado. Nos seguros de exportação e importação, os prêmios foram a R$ 546,6 milhões e cresceram 7,6%. O transporte nacional cresceu em ritmo maior: quase 9%, para R$ 283 milhões. Na cobertura de responsabilidade civil do transportador de cargas, as seguradoras captaram R$ 281,3 milhões, registrando expansão de 14,1%.
Os seguros de garantia contratual, nas suas variadas modalidades, chegaram a julho apresentando bom desempenho. As vendas subiram nada menos que 71,9%, frente à igual período do ano passado. A receita pulou de R$ 138,9 milhões, em julho de 2007, para R$ 238,8 milhões, em julho último. A cobertura de garantia de concessões públicas mais do que dobrou de tamanho, ao crescer 131%, para R$ 22,3 milhões. Já a cobertura de obras pública subiu 106,6%, com a receita alojando-se em R$ 139,5 milhões.

Fonte: Jornal do Commercio

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