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Vendas do comércio cresceram 0,6% em novembro

As vendas do comércio varejista cresceram 0,6% em novembro, na comparação com outubro, impulsionadas pelas promoções da Black Friday, segundo dados divulgados nesta quarta-feira (15) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Trata-se da 7ª alta mensal consecutiva do setor.

Já na comparação com novembro do ano passado houve alta de 2,9%, oitava taxa positiva seguida nessa comparação.

No acumulado no ano, o avanço das vendas do comércio chega a 1,7%. Em 12 meses, no entanto, a alta acumulada passou de 1,8% em outubro para 1,6% em novembro, o que sinaliza “perda de ritmo nas vendas”, segundo o IBGE.

Segundo o IBGE, o volume de vendas registrou o maior patamar desde dezembro de 2016, período crítico da crise no setor, mas segue 3,7% abaixo do recorde alcançado em outubro de 2014.

Efeito Black Friday
Entre as 8 atividades pesquisadas, 4 tiveram altas, sendo que três delas foram diretamente influenciadas pelas promoções da Black Friday ocorridas em novembro, segundo o IBGE: artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos, de perfumaria e cosméticos (4,1%); outros artigos de uso pessoal e doméstico (1%), categoria que inclui as vendas online e as lojas de departamentos; e móveis e eletrodomésticos (0,5%).

Por outro lado, houve queda nas vendas dos segmentos de tecidos, vestuário e calçados (-0,2%) e combustíveis e lubrificantes (-0,3%).

Já o setor de maior peso no índice, hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo (0,0%), ficou estável ante outubro.

Veja o desempenho de cada segmento em novembro:

Combustíveis e lubrificantes: -0,3%
Hipermercados, supermercados, produtos alimentícios, bebidas e fumo: 0%
Tecidos, vestuário e calçados: -0,2%
Móveis e eletrodomésticos: 0,5%
Artigos farmacêuticos, médicos, ortopédicos e de perfumaria: 4,1%
Livros, jornais, revistas e papelaria: -4,7%
Equipamentos e material para escritório, informática e comunicação: 2,8%
Outros artigos de uso pessoal e doméstico: 1%
Veículos, motos, partes e peças: -1% (varejo ampliado)
Material de construção: 0,1% (varejo ampliado)
Considerando o comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o volume de vendas cresceu 0,8% em outubro, na comparação com setembro, refletindo uma alta de 2,4% nas vendas de veículos, motos, partes e peças e avanço de 2,1% do material de construção.

A pesquisa mostra ainda que no comércio varejista ampliado, que inclui veículos e materiais de construção, o volume de vendas caiu 0,5% em novembro, na comparação com outubro, interrompendo oito meses de crescimento contínuo. A queda foi pressionada pelo setor de veículos, motos, partes e peças (-1%), enquanto material de construção teve leve recuo (0,1%).
Vendas sobem em 22 dos 27 estados
Regionalmente, as vendas do varejo cresceram em 22 dos 27 estados em novembro, com destaque para Roraima (9,3%), Rondônia (8,5%) e Acre (6,7%). Houve queda apenas em 5 estados, com destaque para Amapá e Rio Grande do Norte (ambos com -0,7%) e Santa Catarina e Distrito Federal (ambos com -0,6%).

Perspectivas
Apesar da recuperação ainda lenta da economia, o comércio manteve trajetória firme de crescimento em 2019.

Entre os fatores que têm contribuído para um maior consumo das famílias, os analistas citam a queda da taxa básica de juros (Selic), a expansão do crédito, os saques do FGTS e a melhora gradual do mercado de trabalho, ainda que que puxada pela informalidade, o que tem feito aumentar a massa salarial e o número de brasileiros ocupados e com alguma renda.

Apesar do bom desemprenho do comércio, dados divulgados até o momento mostram uma perda de ritmo da atividade econômica em novembro.

Na véspera, o IBGE divulgou que o setor de serviços teve queda de 0,1% em novembro– pior resultado para meses de novembro desde 2016. Já a produção industrial caiu 1,2% em novembro, interrompendo uma sequência de 3 altas seguidas.

O mercado financeiro trabalha com uma estimativa de crescimento do PIB (Produto Interno Bruto) em 2019 um pouco acima de 1%, após avanço de 1,3% em 2017 e em 2018%. O governo projeta uma alta de 1,12% no PIB do ano passado.

Para 2020, os analistas das instituições financeiras projetam um desemprenho melhor da economia, com crescimento de 2,30% do PIB, segundo a última pesquisa do Banco Central.

Fonte: NULL

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