Vendas crescem 25% no trimestre, para R$ 14,2 bi
São Paulo, 19 de Maio de 2006 – Apólices de vida e VGBL faturaram R$ 5,3 bilhões e de automóvel R$ 3,4 bilhões no período. As seguradoras faturaram R$ 14,2 bilhões no primeiro trimestre deste ano, alta de 25% em relação ao mesmo período do ano passado. A maior carteira do setor é a de pessoas, com prêmios do VGBL e dos seguros de vida e acidentes pessoais, com R$ 5,3 bilhões, crescimento de 38,2%. Automóvel é a segunda maior, com R$ 3,4 bilhões, seguida pela de seguro saúde, com R$ 2,1 bilhões.
O resultado obtido pelas companhias com a operação de seguros registrou expressiva melhora, saltando de R$ 1,49 bilhão para R$ 2,1 bilhões nos períodos analisados. A participação sobre os prêmios ganhos subiu de 16,8% para 23,7%.
As indenizações pagas aos clientes no período somaram R$ 5,5 bilhões, o que representou uma forte queda, em razão da retirada dos valores de assistência 24 horas prestadas pelas seguradoras deste item. “Temos observado queda no índice de sinistralidade, mas boa parte da redução no trimestre veio em função da norma da Susep, que obrigou as seguradoras a retirar de sinistros os valores de assistência”, observou Claudio Afif Domingos, vice-presidente da Indiana Seguros.
O executivo confirma que uma parcela significativa da redução da sinistralidade (pagamento de indenizações sobre o prêmio ganho) veio também do reajuste do preço do seguro que vem ocorrendo nos últimos meses. “As seguradoras estão se preparando para um cenário de taxas de juros mais baixas”, disse. Se há aumento do preço do seguro para reduzir a sinistralidade, deveria haver queda no preço quando a sinistralidade recua. “Essa é a lógica que as companhias seguem para manter seus clientes em carteira. Porém, o reajuste para baixo será num ritmo lento em razão do cenário do País, com índice baixo de crescimento e com as commodities pressionando o dólar”, disse.
O maior índice de sinistralidade do trimestre entre os dez maiores grupos foi o da Bradesco Auto Re, com 84%, e o menor o da BB Seguros/Aliança do Brasil, com 34%. As despesas comerciais do período somaram R$ 1,48 bilhão, representando 16,6% do faturamento. O maior volume de comissão paga é o da Itaú Seguros, com 21% dos prêmios ganhos, e o menor o da Caixa Seguros, com 2%, de acordo com as estatísticas da Susep. As despesas administrativas totalizaram R$ 1,46 bilhão, representando 16,4% do faturamento. A Porto Seguro tem o maior custo administrativo por ter uma empresa de assistência 24 horas própria, enquanto suas concorrentes, com exceção da SulAmérica, o serviço é tercerizado. O custo da Porto no trimestre representou 20,4% dos prêmios ganhos. A Aliança do Brasil ficou com o menor, 6,7%.
A venda de seguro automóvel totalizou R$ 3,4 bilhões, alta de 23%, sem considerar o seguro obrigatório DPVAT, com prêmios de R$ 1 bilhão no período. A Porto Seguro recuperou a liderança no trimestre, que estava há vários meses com a Bradesco. A Porto registrou prêmios de R$ 586,7 milhões no trimestre, alta de 23%, enquanto a Bradesco ficou com R$ 552 milhões, evolução de 9,6%, uma diferença de um ponto percentual em market share, com 17,1% e 16,1%, respectivamente.
Em riscos patrimoniais as seguradoras registraram vendas de R$ 1,2 bilhão no trimestre, alta de 18,8%, com a Unibanco-AIG na liderança, com prêmios de R$ 340 milhões no período. A Itaú Seguros é a segunda maior no segmento, com R$ 133 milhões, seguida pela Bradesco, com R$ 109 milhões, e pela AGF, com R$ 84 milhões
kicker: Indenizações pagas somaram R$ 5,5 bilhões, com índice médio de sinistralidade recuando para 62,4% de janeiro a março
Fonte: Gazeta Mercantil