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Veículo financiado exige seguro diferente

Somente nos primeiros oito meses de 2016 foram financiados no Brasil mais de três milhões de automóveis, sendo 1,17 milhão de carros zero e 1,87 milhão de usados. Com esse contingente de veículos circulando pelo país é importante estar atento ao que muda para a contratação de seguro para os financiados.

As diferenças, na verdade, não são muitas. Mas podem gerar grandes dores de cabeça se não forem observadas com cuidado. A regra básica é sempre alertar que o veículo é financiado ao pedir orçamento. Vale também verificar se a informação consta na proposta enviada pela seguradora para só então efetuar a contratação do serviço.

“Veículos financiados têm uma taxa de sinistralidade maior, quer dizer, estatisticamente acontecem mais acidentes com carros financiados e, por conta desse risco, paga-se um pouco a mais pelo seguro”, explica Ronaldo Pinho, membro da Comissão de Ética Intersindical de Seguros e Comissão Intersindical de Relações com o Mercado do Sindseg MG/GO/MT/DF.

“O valor varia muito de veículo para veículo, de região para região. Há lugares que têm maior propensão para acidentes, outras regiões para roubo, tudo isso influencia na hora de a seguradora fazer os cálculos. Mas, em geral, o seguro para um carro financiado é cerca de 10% mais caro”, completa Pinho.

Para situações de perda parcial, quando o acidente causa danos que são passíveis de reparação, nada muda: o segurado deverá pagar o valor da franquia, enquanto a seguradora arca com as demais despesas. Perda total, furto ou roubo têm peculiaridades

Para os casos de perda total, furto ou roubo, existem peculiaridades que devem ser observadas. Acontece que a conta com a financiadora deve ser acertada. Desta maneira, o segurado e a seguradora deverão quitar o saldo devedor. E é neste ponto que as dúvidas aparecem: em alguns casos é exigido que o contratante quite as dívidas antes de receber o benefício do seguro, em outros, a corretora paga a dívida, e o contratante recebe apenas o que exceder deste valor. Há situações excepcionais em que o valor do carro é inferior ao do financiamento, neste caso a seguradora pagará o valor máximo estipulado no contrato, e o segurado deverá cobrir as parcelas que restarem.

“Cada seguradora tem um padrão, mas o princípio é o mesmo para todas: a parte da financeira vai para a financeira, e a parte do segurado vai para o segurado”, resume Ronaldo Pinho. “O mais importante é o corretor informar corretamente ao segurado. Afinal, existem pelo menos 25 seguradoras operando automóveis no país, então é importante sempre perguntar sobre os procedimentos de cada uma antes de contratar o serviço”, aconselha, Pinho.

Critérios

O cálculo do valor do seguro leva até mesmo garagem em casa e no trabalho como critério; para os financiados o custo pode ser até 40% maior.

Fonte: O Tempo

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