Varejo de fôlego
A inundação de crédito ao consumidor no Brasil, nos últimos anos, empurrou não apenas a venda de automóveis e da casa própria. Dois segmentos do varejo se destacam, e muito, na Pesquisa Mensal do Comércio (PMC), do IBGE. Semana passada, o instituto apresentou os resultados de fevereiro, que mostraram recuo de 0,5% sobre o mês anterior, na média. A venda do setor de móveis e eletrodomésticos, por exemplo, avançou 1,3; enquanto a dos artigos de informática e comunicação subiram 3,1%. Os dois segmentos podem se beneficiar das recentes ações de estímulo à recuperação da economia. A Selic deve cair novamente hoje, para até 9% ao ano. Bancos públicos, como BB e CEF, já reduziram os juros das linhas de financiamento. O HSBC fez o mesmo e outros bancos privados devem repetir o comportamento esses dias. “O crédito ajuda, mas não está sozinho. Os dois setores se beneficiaram com estímulos tributários, avanços tecnológicos, queda nos preços e uma histórica demanda reprimida”, diz Reinaldo Pereira, do IBGE. O varejo de eletrodomésticos cresce de 10% a 26% ao ano, desde 2008; o de informática varia de 10% a 54%, desde 2004. Não falta fôlego.
Fonte: O Globo
