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Universidades estaduais do RJ podem ter vestibular cancelado

O vestibular para Uerj, Uezo e Uenf e para oficial da PM e do Corpo de Bombeiros corre o risco de não acontecer este ano. Segundo o secretário estadual de Ciência e Tecnologia, Alexandre Cardoso, essa possibilidade existe caso o Órgão Especial do Tribunal de Justiça (TJ) não derrube a liminar que suspendeu o sistema de cotas. O julgamento do recurso está marcado para segunda-feira.
“Teremos uma dificuldade muito grande de organizar outro concurso se a liminar for mantida. O edital foi publicado seguindo a reserva de cotas, e o aluno se inscreve com base nisso. Se o candidato perde esse benefício, fica complicado. O apelo que eu faço é que, se a decisão for mantida, que ela só passe a valer para o próximo ano”, afirmou o secretário.
Outra alternativa é alterar o calendário de provas. A primeira está marcada para o dia 21 do mês que vem. Cardoso argumenta que não será possível organizar um vestibular com novas regras antes das primeiras provas. Já foram gastos R$ 740 mil na organização somente da seleção da Uerj.
Cardoso acredita que os inscritos no vestibular para as universidades estaduais podem acabar pedindo ressarcimento dos R$ 42 da taxa de inscrição por não concordar com a mudança na seleção, já que o edital atual prevê as cotas. Ao todo, 67 mil estudantes se inscreveram para o vestibular estadual unificado.
“Vamos recorrer ao Supremo Tribunal Federal. O argumento contra as cotas é de uma mesquinharia brutal. Temos enorme dívida com os afrodescendentes e com a escola pública. Graças a Deus e ao bom trabalho da Uerj, da Uezo e da Uenf, a lei das cotas pegou e é seguida em todo o País”, defendeu o governador Sérgio Cabral, que ontem se reuniu com Cardoso, reitores das instituições e estudantes.
No fim da tarde de ontem, os estudantes da Uerj organizaram manifestação contra a ação, proposta pelo deputado estadual Flávio Bolsonaro (PP), que suspendeu as cotas.
 
“Não há casos de conflitos raciais na Uerj e o desempenho dos cotistas é igual ou superior ao dos outros alunos. A universidade precisa deixar de ser um local elitizado”, disse o representante da União Brasileira dos Estudantes Secundaristas (Ubes), Ismael Cardoso. Segunda, às 14h, a Ubes espera reunir 500 estudantes em protesto na porta do TJ.

Fonte: Terra

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