Um terço dos consumidores quer antecipar compras de Natal na Black Friday
Praticamente um terço dos consumidores (29%) pretendem antecipar as compras de Natal na Black Friday. No ano passado, a fatia era de 26% e, em 2015, de 20%. É o que mostra uma pesquisa divulgada nesta terça-feira (21) pela consultoria Deloitte.
De acordo com o estudo, porém, a maioria ainda deve deixar para comprar no mês dezembro, antes do dia 25. Outros 10% afirmaram que vão gastar só depois do Natal.
Gasto menor
O levantamento mostra também que o orçamento para a data festiva ficou menor. Entre os entrevistados, 57% dizem que vão gastar menos neste ano em comparação com o ano passado. Outros 32% pretendem gastar a mesma quantia e 11% afirmam que vão gastar mais.
Em questão múltipla escolha, foi apurado que as compras para ceia de Natal serão a principal prioridade dos entrevistados (68%). Em segundo lugar aparece a compra de roupas (61%) e, em terceiro, os presentes (58%).
A previsão de gasto médio ficou em R$ 367,48 neste ano, contra R$ 394,05 em 2016. O número médio de presentes também caiu de cinco para quatro no período, com valor unitário máximo de R$ 81,66.
É interessante perceber que, mesmo pretendendo gastar menos e comprar um número menor de presentes, o brasileiro acaba investindo na qualidade dos itens, já que, na média, pagará R$ 81 por presente”, diz em nota Reynaldo Saad, sócio-líder da Deloitte para o atendimento às empresas de bens de consumo e varejo.
Entre os motivos para se gastar menos neste ano, o mais citado foi a necessidade de redução das dívidas (mencionada por 47%). Em seguida ficam o interesse por economizar (37%), a piora da situação econômica da família (24%) e a preocupação com a situação econômica do país (19%).
A cada ano, essa pesquisa tem mostrado uma evolução no perfil de educação financeira do brasileiro, diz Saad. O fato de o motivo de se gastar menos ser a quitação de dívidas, ou economizar, sinaliza um avanço na maturidade financeira do consumidor, o que é positivo do ponto de vista econômico, apesar de não favorecer o comércio, que sempre busca aumento das vendas, em especial, nessa época do ano, emendou.
Compras online
Ainda de acordo com a pesquisa, 93% dos consumidores disseram que podem navegar entre os canais físicos e online para decidir sobre uma única compra para o Natal.
As lojas virtuais, porém, serão o principal destino de compras (51%) – há dois anos, o percentual era de 43%.
Maior oferta de mercadorias (60%), praticidade (53%), preços melhores (51%) e velocidade e facilidade de pagamento (50%) estão entre as justificativas dadas para a escolha da internet na hora de fazer a compra.
As lojas físicas, por outro lado, foram lembradas pelos pesquisados pela possibilidade de verificar e provar o produto pessoalmente (48%), pelo poder de barganhar preços (40%), pela facilidade de fazer trocas e devoluções (39%) e pela possibilidade de receber o produto imediatamente (37%).
Esta foi a oitava edição da pesquisa de Natal da Deloitte. Foram entrevistadas mil pessoas em todo o país. O levantamento faz parte de um estudo feito na América Latina com 3,5 mil pessoas na Argentina, Brasil, Colômbia, México e Peru.
Fonte: G1