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Um mercado que fatura alto: há seguro até para cachorro

O mercado de seguros cresce ano após ano no Brasil. Para se ter uma idéia, a expectativa é de que, em 2011, o setor seja responsável por 6% do Produto Interno Bruto (PIB) nacional. Hoje, esse número está em 3%. Junto com o mercado, crescem também as opções de benefício. Atualmente, é possível contratar, por exemplo, um seguro de vida para bois e cavalos, ou ainda, um serviço que garanta a assistência médica do seu animal de estimação (veja quadro ao lado).
O mercado de seguros é hoje um negócio de US$ 3,4 trilhões (R$ 5,78 tri) em todo o mundo. Um estudo recente da Fundação Escola Nacional de Seguros do Brasil (Funenseg) mostra que esse mercado está crescendo mais rapidamente nas economias emergentes, como a brasileira. A instituição prevê um crescimento anual de 2,5% da receita global nos próximos anos.
E não deve parar por aí. Essas opções devem aumentar ainda mais quando forem regulamentadas as operações de microsseguro (para baixa renda) , o que deve acontecer no final do ano que vem.
“Em termos de seguro, falta pouco para o Brasil alcançar o parâmetro dos países desenvolvidos. Nossas empresas são aptas e o mercado está maduro, tanto para o cidadão comum como para as empresas. O futuro está no microsseguro, com ele o setor será disseminado para todas as classes”, afirmou o consultor de mercado José Luiz Valente da Motta.
Definição
O microseguro pode ser definido como um grupo de coberturas destinado a população de baixa renda. O foco é justamente o consumidor das classes mais baixas, que no mundo somam cerca de 4 bilhões de pessoas, com potencial de mercado de US$ 5 trilhões. No Brasil, o mercado potencial é de 40 milhões de clientes e de US$ 170 bilhões, segundo dados da Federação Nacional de Previdência Privada e Vida (Fenaprevi).
Motta diz que o microsseguro ainda é uma novidade em todo o mundo. “No Brasil ainda não existe, nós estamos apenas tateando. Falar hoje como ele funcionaria na prática seria jogar conversa fora. O que podemos dizer é que a proposta é adequar o seguro ao tipo de cliente, barateando os custos, mas sem perder a qualidade”.
Neste segmento, pessoas das classes menos abastadas teriam a opção de comprar seguros como: de vida, funeral, educacional, crédito, propriedades, contra roubo, gado, inundação, danos à lavoura, ao lar, acidentes, doenças óticas, ambulatorial, incapacidade física, mutilação e de qualquer tipo de material de trabalho.
“Na China e Índia, onde a discussão está mais avançada, milhares de pessoas já fazem seguro de materiais de baixo valor. Já há seguro para ferramentas – uma enxada, por exemplo. Além disso, colocaríamos no mercado várias pessoas das classes mais altas que hoje só possuem o seguro do seu automóvel”, explicou.
Antes de pagar pelo serviço, leia todo o contrato
O economista Marcos Crivelaro aponta alguns pontos que devem ser observados antes de se assinar contrato com alguma seguradora. “É importante observar o tipo de contrato, ter em mente qual é o seu perfil, quais são as suas necessidades, o histórico da empresa que está sendo contratada e principalmente as cláusulas do documento, que geralmente ficam escondidas lá no final da papelada e são escritas com aquelas letras quase ilegíveis de tão pequenas”, alertou. É preciso avaliar ainda se o bem é de alto valor, algo que mereça de fato um seguro. A pergunta que deve ser feita é: “Se eu perder um bem como este, ficarei em apuros financeiramente?” A resposta positiva é um indício de que é hora de fazer o seguro.
Microempresa
50%
O Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID) estima que de 48% a 50% da população brasileira economicamente ativa ocupada está vinculada a alguma microempresa – terreno de potencial para o mercado de microsseguros, segundo especialistas.
Em pouco tempo
“O futuro deste setor no Brasil está no microsseguro. com ele o mercado será disseminado para todas as classes”
José Luiz Valente – consultor de mercado

Fonte: Rede Gazeta

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