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UIB Re Brasil vê potencial de negócios na área aeronáutica

O CEO da UIB Re Brasil, Victor Maia, considera factível a contratação de seguro para aeronaves no País a preço e condições mais favoráveis que os praticados atualmente no mercado, mesmo com a taxa de resseguro apresentando tendência altista para o segmento aeronáutico. Segundo ele, o País tem em torno de 14 mil aeronaves, a terceira maior frota de todo o mundo, mas apenas 15% desses aparelhos estão cobertos pelo seguro facultativo de cascos, que ainda é caro porque não há massa segurada. Contudo, já começam a surgir soluções no mercado, fruto de negociação envolvendo algumas resseguradoras estrangeiras especializadas e seguradoras brasileiras interessadas em explorar esse nicho.
– A UIB vem procurando essas empresas em busca de obter condições mais simplificadas para a cobertura das aeronaves. O ideal para esse tipo de seguro é que a contratação seja mais simples, com aceitação automática do risco e questionários mais diretos. No exterior, 70% da frota estão cobertas pelo seguro total – explica Victor Maia.
Ele acrescenta que a ideia é disponibilizar no mercado um produto para frotas e que possa ser contratado em condições favoráveis e especiais por associações de classe.
Esse segmento, na avaliação de Victor Maia, atrai o interesse do mercado internacional pelas características da frota brasileira, que é muito grande e tem 12 mil aeronaves com valores em risco de até US$ 2 milhões e outras duas mil com valores superiores a esse. Assim, se toda a frota ou a maior parte dela for coberta, o valor segurado poderá atingir um patamar bastante expressivo.
Além das boas perspectivas para os seguros para aeronaves, ele vê um cenário bastante positivo em outras áreas, principalmente em energia e infraestrutura. Victor Maia lembra que, no mercado interno, responsável por 90% do PIB brasileiro, houve importantes mudanças na base da pirâmide social, com aumento da massa salarial e da capacidade de consumo. Dos 10% restantes, voltados para a exportação, metade é formada por agroprodutos. A crise não interromperá os investimentos, acredita.
nichos. Somente no setor de energia elétrica, ele diz que a estimativa é de investimentos superiores a US$ 20 bilhões até 2012. Além disso, ele assinala a necessidade de o País também investir massivamente em infraestrutura aeroportuária, viária, transporte urbano de massa, entre outros setores. Com isso, surge, portanto, uma demanda natural por várias modalidades de seguros, como de garantias,riscos de engenharia, responsabilidade civil, transportes e operacionais, cita.
Victor Maia comenta ainda que a partir da análise desse quadro que a direção da UIB Brasil decidiu focar seus negócios exatamente nos ramos de infraestrutura, aviação e energia. A corretora pertence ao UIB Group (Lloyds Broker), que está entre os 10 maiores brokers de resseguros globais, operando nos principais hubs de resseguro existentes e apoiados em uma estratégia de sólida presença global. O grupo iniciou em 2008 suas operações na América Latina, com a filial brasileira e escritórios de representação no México e Colômbia.

Fonte: Jornal do Commercio

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