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Três deputadas empatam na disputa contra reeleição de Fogaça

O prefeito de Porto Alegre, que voltou ao PMDB na semana passada, enfrentará um batalhão de três mulheres em sua disputa para permanecer no cargo em 2008. Pesquisa Ibope divulgada ontem pelo jornal ´Zero Hora´ revelou uma disputa acirrada e inédita pela outra vaga no 2º turno em Porto Alegre. Três deputadas federais, todas de partidos pretensamente de esquerda, brigam entre si empatadas tecnicamente.
Pela pesquisa estimulada, Fogaça teria 22% das intenções de voto. Em seguida vêm Maria do Rosário (PT), com 14%, Manuela D´ Ávila (PCdoB), com 13%, e Luciana Genro (PSol), com 11% (a margem de erro é de quatro pontos para mais ou para menos).
A candidatura do PT ainda não está definida. Outro pré-candidato é o ex-ministro do Desenvolvimento Agrário, Miguel Rossetto. Com Rossetto, do grupo Mensagem ao Partido (do ministro da Justiça, Tarso Genro), no lugar de Rosário, Fogaça sobe para 24%, Manuela vai para 15% e Luciana, para 12%, enquanto o petista soma 6%, atrás de Onyx Lorenzoni (DEM) e Vieira da Cunha (PDT), ambos com 8%.
A pesquisa sugere que, para o PT, a melhor alternativa seria concorrer com Maria do Rosário, num cenário que inclui a candidatura de Manuela. Sem a candidata do PCdoB, que contava com o apoio do PMDB antes da volta de Fogaça, Rosário e Luciana disputariam palmo a palmo a segunda vaga para o segundo turno.
Neste caso, Fogaça teria 28%, contra 17% de Rosário e 16% de Luciana. Já com Miguel Rossetto no lugar de Rosário, o PT cairia para quarto lugar, com 8%, bem atrás de Luciana (19%) e de Onyx (12%).
Seis anos depois de deixar a antiga sigla, Fogaça pretende concorrer à reeleição pelo PMDB mantendo intacta a aliança que dá sustentação ao atual governo e inclui ainda o PTB, PDT, PSDB e PP.
O PMDB vinha pressionando pelo retorno de Fogaça há meses e, caso não fosse atendido, havia sinalizado que apoiaria a pré-candidata do PCdoB, Manuela D´Ávila, o que implodiria a base para a reeleição do prefeito. Agora ele contará com a estrutura e o tempo de televisão do partido em 2008 e, se não for eleito, poderá ainda pleitear uma vaga na disputa pelo Senado em 2010.
“Se o Fogaça não voltasse eu apoiaria a Manuela”, disse na sexta-feira, em entrevista coletiva, o presidente estadual do partido, senador Pedro Simon. Segundo o presidente do diretório de Porto Alegre, Antenor Ferrari, o prefeito é o nome “de consenso” para concorrer ao Executivo em 2008. Para preservar o direito de disputar o cargo em 2008, ele poderia trocar de partido no máximo até o dia 5, quando estará em viagem à Alemanha.
Fogaça deixou o PMDB com destino ao PPS em outubro de 2001, seguindo um grupo de políticos como o ex-governador Antônio Britto, o atual secretário de Governança Solidária Local da prefeitura, Cezar Busatto, e o deputado Paulo Odone Ribeiro, que se confrontaram com o deputado federal Eliseu Padilha. Na época, ele também havia sido preterido em favor de Pedro Simon para concorrer novamente ao Senado e alegou divergências com a direção nacional do partido.
Agora o prefeito disse que o retorno ao PMDB deveu-se muito mais a “questões pessoais” e ao desejo de retornar às “origens” da atividade política, nos anos 70. Conforme uma fonte ligada ao prefeito, a troca de partido foi uma obra de “engenharia política” que levou em consideração várias premissas. Uma delas foi não provocar estresse nas relações do PMDB com o PPS e com os demais partidos que compõem o governo e podem concorrer juntos em 2008.

Fonte: Valor

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