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Transação pode criar novo gigante de seguros

Uma das maiores transações da história do mercado de seguros internacional
pode se definir essa semana quando a Aviva Plc, maior seguradora do Reino
Unido decidirá se faz uma oferta hostil pelo controle da Prudential PLC, ou
se eleva o preço ofertado pelo controle da companhia que é a segunda maior
do país. A Aviva fez uma proposta de compra das ações da Prudential na
quinta-feira à noite, avaliando a empresa em 16,7 bilhões de libras
esterlinas (US$ 29,3 bilhões), mas a oferta foi recusada no sábado.
Uma fusão das duas seguradoras criaria uma companhia com valor de mercado
combinado de US$ 63,9 bilhões, terceiro maior do setor na Europa, próximo da
alemã Allianz e da francesa AXA. Seria também a maior transação do mercado
segurador mundial desde pelo menos 1998, ultrapassando a aquisição da
American General Corp. pela American International Group (AIG), avaliada em
US$ 22,5 bilhões na época.
Ambas as companhias tiveram bons resultados em 2005. O lucro líquido da
Aviva subiu 38%, para 1,77 bilhão de libras, enquanto a Prudential elevou
seus ganhos em 45%, para 748 milhões de libras.
Analistas dizem que a lógica da transação é clara, uma vez que as duas
seguradoras atuam em mercados altamente complementares. A Prudential é forte
principalmente na Ásia, região onde a Aviva já demonstrou intenção de
avançar. A Prudential também tem um negócio altamente rentável (embora
pequeno), a Jackson National Life, que vem crescendo no mercado americano de
seguros de vida, no qual o presidente da Aviva, Richard Harvey, de 55 anos,
já havia admitido que a companhia é deficiente e pretende ampliar sua
participação.
Por outro lado, a Aviva tem negócios crescentes na Europa continental onde a
Prudential – especializada em vida – não tem uma presença significativa,
além de também não contar com uma presença forte em outros ramos de seguros
no Reino Unido. A Prudential tem uma pequena operação no Brasil, que em 2005
faturou R$ 84,8 milhões em prêmios, segundo dados da Superintendência de
Seguros Privados (Susep). A Aviva não opera diretamente na América Latina.
“Pode haver uma consolidação (de empresas de seguros) na Europa”, disse no
início de março o próprio Harvey, em uma entrevista. E a consolidação talvez
não se resuma ao Velho Continente, já que na sexta-feira o Wall Street
Journal noticiou que a Zurich Financial Services, maior seguradora da Suiça,
estaria negociando a compra da St. Paul Travelers, de Minnesota, Estados
Unidos.

Fonte: Valor

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