Tesouro Direto bate recorde de vendas líquidas em dezembro
O Tesouro Direto bateu recorde de vendas líquidas (acima do volume de resgates) e de investidores cadastrados em dezembro do ano passado, informou o governo federal. O programa, criado em janeiro de 2002, permite aos investidores pessoa física comprarem títulos públicos pela internet, via banco ou corretora, sem precisar aplicar em um fundo de investimentos.
Ao todo, o Tesouro Direto conta com 624.358 investidores cadastrados.
Em dezembro, segundo a Secretaria do Tesouro Nacional, as vendas líquidas somaram R$ 1,2 bilhão, o maior montante desde a criação do programa. “Outro recorde de dezembro foi o número de investidores cadastrados em um mês, 20.056, o maior desde o início da série histórica (aumento de 190% ante dezembro de 2014). Ao todo, o Tesouro Direto conta com 624.358 investidores cadastrados.”, acrescentou.
Os títulos mais demandados no mês passado, ainda segundo dados oficiais, foram os indexados à inflação (Tesouro IPCA+ e Tesouro IPCA+ com Juros Semestrais), cuja participação nas vendas atingiu 51,3%. Já os títulos prefixados (Tesouro Prefixado e Tesouro Prefixado com Juros Semestrais) corresponderam a 21,7% do total e os indexados à taxa Selic (Tesouro Selic), a 26,9%.
“Em relação ao prazo de emissão, 13,4% das vendas no Tesouro Direto no mês de dezembro corresponderam a títulos com vencimentos acima de 10 anos. As vendas de títulos com prazo entre 5 e 10 anos representaram 38,5% e as com prazo entre 1 e 5 anos, 48,8% do total”, acrescentou o Tesouro Nacional.
Já o estoque, ou seja, o volume de títulos em mercado, alcançou um montante de R$ 25,6 bilhões, registrando aumento de 6,6% em relação ao mês anterior (R$ 24 bilhões) e aumento de 67,3% sobre dezembro de 2014 (R$ 15,3 bilhões). “Os títulos remunerados por índices de preços respondem pelo maior volume no estoque, alcançando 59,5%. Na sequência, aparecem os títulos prefixados, com participação de 20,9% e, por fim, os títulos indexados à taxa Selic, com 19,6%”, informou o governo.
O investimento em títulos públicos por meio do Tesouro Direto pode ser uma opção aos fundos de investimento. Ao investir no Tesouro Direto, o investidor se torna credor, emprestando dinheiro para o governo. Em troca, o investidor recebe juros. O negócio, de menor risco, é recomendado principalmente a quem quer fazer investimentos a longo prazo.
No Tesouro Direto, assim como nos fundos de investimento, há cobrança do Imposto de Renda. A aliquota do IR é regressiva em ambos os casos. Ou seja, quanto mais tempo os recursos ficam aplicados, menor será o IR pago pelo investidor. Para aplicações de até seis meses, a alíquota do IR é de 22,5%, caindo para 20% entre seis meses e um ano. Se o prazo da aplicação superar um ano, mas for retirada antes de completar o segundo ano, o IR fica em 17,5%. Acima de dois anos de prazo, a alíquota é de 15%.
Fonte: G1