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Terremoto em São Paulo não preocupa seguradoras

O Brasil está longe de entrar no mapa de catástrofes naturais. Mas o assunto começa a ganhar importância dentro da indústria de seguros com a ocorrência do terremoto na noite de anteontem em São Paulo, estado que concentra mais de 50% das vendas de seguros do País. “Foi um tremor relevante e poderá trazer mudanças nas apólices se aumentar a demanda por este tipo de cobertura”, informa Adilson Neri Pereira, diretor de ramos elementares da Porto Seguro.
O terremoto, de 5,2 graus na escala Richter, ocorreu na costa do Estado de São Paulo e atingiu vários bairros de São Paulo e algumas cidades do interior. Também foi sentido no Rio de Janeiro, Paraná e Santa Catarina. “O último abalo que tivemos em São Paulo foi em 1922 e um tremor de 3,2 no Ceará em fevereiro deste ano. Por isso não há procura por cobertura de terremotos no Brasil”, diz Antenor Ambrosio, diretor técnico de ramos elementares e responsabilidade civil da corretora Aon.
O risco é excluído de todos os contratos de seguros no Brasil, seja de uma apólice residencial, de carro bem como de grandes riscos empresariais. “Isso porque até agora o risco era inexistente e não fazia sentido incluir o custo de uma cobertura para um risco não existente. Mas os clientes que quiserem podem solicitar a inclusão do risco em seus contratos”, afirma Mauro Leite, responsável por responsabilidade civil da corretora Marsh.
No entanto, quem quiser incluir no contrato proteção para terremoto, basta solicitar. Segundo Jacques Bergman, diretor da Itaú XL Riscos Corporativos, algumas multinacionais pedem a inclusão da cobertura de terremoto por determinação da matriz. “Quando o cliente solicita, contratamos resseguro de forma facultativa e incluímos no programa”, diz.
Já os riscos de vendaval, ciclone e tornado estão incluídos na apólices pois a demanda se intensificou nos últimos anos com as perdas causadas por diversos eventos. Só neste ano foram registrados 19 tornados no Brasil.

Fonte: Gazeta Mercantil

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