Terminologias na área médica ajudam a ampliar eficiência de operadoras de saúde
O Instituto de Estudos de Saúde Suplementar (IESS) desenvolveu um trabalho que apresenta algumas experiências e vantagens no desenvolvimento de terminologia nas áreas de saúde. A padronização das informações na área médica é uma iniciativa relativamente nova, iniciada pela agência reguladora. Atualmente, o processo de padronização passa por instituições privadas especializadas, que exploram tanto a área de padronização da nomenclatura de procedimentos médicos, quanto de terminologia de dispositivos e troca de informações, com objetivo de melhorar os processos na área de saúde e reduzir custos.
Durante um tratamento médico, o paciente faz uso de produtos e procedimentos para seu restabelecimento. A quantidade de produtos médicos e profissionais necessários para o atendimento do paciente depende da gravidade de seu quadro. Independente da complexidade por de trás do atendimento médico, existe uma série de processos organizacionais que envolvem profissionais de diferentes áreas (médicas e administrativas) que viabilizam o atendimento. A clareza com que as informações trafegam por esses processos é determinante para a eficiência do sistema.
Um exemplo de terminologias médicas é a CID (Classificação Internacional de Doenças). A CID é uma compilação de todas as doenças, categorizadas e codificadas conforme o estado de saúde, que podem representar um conjunto de doenças semelhantes entre si.
Segundo o superintendente do IESS, José Cechin, a necessidade de padronizar é consenso. A comunicação padrão é fundamental para que não existam perdas, duplicidade de informações ou desperdícios, tornando assim, o processo eficiente, explica o executivo. O paciente, principal agente da cadeia de serviços médicos, será o maior beneficiado, diz.
Especificamente na Saúde Suplementar, cada operadora de plano de saúde opera com seu sistema próprio de codificação, pedidos e pagamentos, além de trabalhar com os sistemas de seus prestadores. Dentro de seu escopo, a ANS tem trabalhado no desenvolvimento de sistemas padronizados de informação para todo o setor. Uma terminologia unificada é benéfica para todos os envolvidos. Os profissionais da área de saúde, por exemplo, evitam desperdícios com erros de pedidos médicos por utilizar a nomenclatura incorreta, reduzindo tempo com a burocracia. Os órgãos reguladores passam a contar com informações precisas, criando uma base sólida para tomada de decisões, explica Cechin.
No Brasil, a experiência brasileira no campo de padronização em saúde conta com a participação da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA), do Sistema Único de Saúde (SUS) e da Agência Nacional de Saúde Suplementar.
Fonte: Viver Seguro