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Taxa de curto prazo cai para empresa

O mesmo aperto no crédito que vem sufocando bancos, corretoras e seguradoras está beneficiando as indústrias, com as mais baixas taxas de empréstimos de curto prazo em quase quatro anos. Os retornos dos títulos conhecidos por commercial papers com vencimento em 30 dias vendidos pelas indústrias e varejistas caíram em média para 1,93% na semana passada, enquanto que os emitidos por empresas financeiras se elevaram para 3,15%. A diferença entre os dois cresceu a até 1,45 ponto percentual, a maior defasagem desde que o Fed começou a compilar esses dados, em 1997. Historicamente, os bancos emitiam papéis de curto prazo com retornos por volta de 0,02 ponto percentual abaixo dos das indústrias, mostram os dados do Fed.
Os fundos dos mercados de curto prazo que se empanturraram com os títulos da dívida das empresas financeiras estão agora despejando dinheiro em títulos do Tesouro americano e nos papéis das corporações que evitaram os problemáticos títulos de crédito imobiliário, que contribuíram para a quebra do Lehman Brothers e do Washington Mutual. Os retornos dos commercial papers – títulos de curto prazo de empresas não-financeiras, em geral de 30 dias – caíram para 1,86% em 24 de setembro, o patamar mais baixo desde novembro de 2004. “Os investidores, com medo de deterem papéis financeiros, estão comprando os industriais, como um refúgio”, disse Ira Jersey, estrategista para taxas de juros do Credit Suisse Holdings, em Nova York.
Taxas de curto prazo mais baixas estão se mostrando irresistíveis para as empresas que não dependem de empréstimos para aumentar os lucros. A Microsoft, a maior fabricante de software do mundo, criou na semana passada um programa de US$ 2 bilhões em commercial papers e disse que pode vender até US$ 6 bilhões em títulos.

Fonte: Gazeta Mercantil

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