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Tabela de IR está defasada em 134%

O número de brasileiros isentos de pagamento do Imposto de Renda passaria de 23 milhões se a tabela fosse corrigida pela inflação.

O ajuste mais que dobraria o número de declarantes na faixa de isenção que, em 2020, foi em torno de 11 milhões. Com a atualização, a faixa de isenção passaria de R$ 1.903,98 para R$ 4.427,60 — mais que o dobro do valor da isenção atual — o que aponta uma defasagem de 134,5%.

Os dados são de um levantamento do Sindifisco Nacional (Sindicato Nacional dos Auditores Fiscais da Receita Federal do Brasil).

O levantamento apontou que enquanto o efeito inflacionário que se acumulou desde 1996 foi de 391,62% as correções perfizeram 109,63%, valor insuficiente para repor as perdas com a inflação.

Para Richard Domingos, diretor executivo da Confirp Consultoria Contábil, isso faz com que cada vez menos brasileiros estejam isentos de realizar essa declaração. “Além disso, os valores a serem restituídos também se mostram cada vez menores”, explica.

De acordo com o estudo do Sindifisco, a defasagem na correção da tabela é ainda mais prejudicial para aqueles cuja renda tributável mensal é menor.

Para os com rendimento de R$ 6.000,00, por exemplo, a não correção da tabela impõe um recolhimento mensal “extra” de R$ 662,71, um valor 561,95% maior do que seria se a tabela fosse corrigida pelo IPCA. Já para um contribuinte com renda mensal tributável de R$ 10.000,00, o recolhimento é 145,99% do que seria se a tabela fosse corrigida. Na prática, a ausência de uma correção da tabela implica em uma penalização dos contribuintes de menor renda.  

Fonte: NULL

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