Mercado de SegurosNotícias

Susep prevê ingresso maciço de capital estrangeiro

Renê Garcia afirma que o Brasil vem, aos poucos, consolidando sua posição no mercado internacional, assumindo, inclusive, a liderança na América Latina em termos de modelo regulatório e supervisão no mercado de seguros. Eleito por unanimidade para presidência do Comitê Executivo da Associação dos Supervisores da América Latina e Península Ibérica (Assal), entidade que tem 27 anos e é composta por 21 países, ele aponta esse fato como uma das provas da nova imagem do Brasil no exterior: “interrompemos uma hegemonia mexicana, que tradicionalmente mantinha essa liderança na América Latina”, acentua.
O superintendente da Susep garante que o Brasil já é uma referência de qualidade regulatória para a América Latina. Mas, a autarquia tem planos ambiciosos, inclusive o de ser uma “agência com reconhecimento nacional e internacional, como órgão de excelência na supervisão do mercado”, meta estabelecida no relatório de gestão elaborado pela direção da autarquia. Nesse relatório, a Susep se compromete a ter uma “Visão de Futuro”, calcada na proteção da integridade das relações contratuais, preservação da solvência, incorporação contínua de novas tecnologias, maior eficiência no sistema e comunicação e autonomia na gestão, entre outros tópicos.
A autarquia também pretende oferecer mais liberdade de ação para o mercado. Coerente com essa meta, a Susep indeferiu apenas 24 produtos, sendo 20 seguros, 3 títulos de capitalização e um plano de previdência aberta, de um total de 10.370 planos analisados no ano passado. Foram aprovados 1.567 produtos (alguns apresentados ainda em 2004), dos quais 937 são novos tipos de apólices de seguros, 551 planos de previdência aberta e 79 títulos de capitalização.
Outra novidade foi que a Susep firmou convênio de cooperação mútua com a National Association of Insurance Supervisors (Naic), dos Estados Unidos. Pelo acordo, as duas entidades se comprometeram a trocar informações, tecnologia e recursos humanos. A expectativa é a de que, até 2008, o Brasil esteja plenamente adaptado aos princípios adotados pela Associação Internacional de Supervisores de Seguros (IAIS). Nos últimos dias, os membros do Subcomitê de Assuntos de Solvência e Atuária da IAIS estiveram reunidos no Rio de Janeiro, com o objetivo de debaterem os critérios de solvência adotados no mundo e as tendências
para o futuro. Segundo Renê Garcia, existem dois modelos predominantes no mercado internacional: o europeu e o norte-americano. Ele revela que o Brasil, em linhas gerais, segue o modelo norte-americano.

Fonte: Jornal do Commercio

Falar agora
Olá 👋
Como podemos ajudá-la(o)?