Susep prevê fatia do setor no PIB subindo de 3% para 8%
A participação do mercado no Produto Interno (PIB), hoje perto de 3%, chegar a 8% em poucos anos, sem computar os números do ramo saúde. A avaliação é do titular da Superintendência de Seguros Privados (Susep), Paulo dos Santos, que diz ver com alegria” a sua estimava de expansão da indústria seguros de seguros para este ano ser superada.”No início de 2010, projetava crescimento de 15%. Muitos acharam exagero. Agora os percentuais de incremento do setor superam a expectativa original”, observa, fazendo referência ao aumento de 16,7% receita setorial acumulado até agosto.
Paulo dos Santos entende o mercado de seguros brasileiro já ostenta níveis de participação no PIB similares aos de nações mais desenvolvidas. Segundo ele, a fatia do setor na economia estaria em patamar bem superior se a Susep seguise critérios utilizados em outros países que adicionam no cálculo os dados do seguro-saúde, previdência privada fechada, de acidentes do trabalho até do resseguro.
Para ele, nos próximos anos, pode-se esperar uma evolução do seguro de automóvel no País, com o índice de penetração passando de cerca de 30% para 50% da frota circulante, e um avanço do seguro residencial que estará presente em um a cada quatro residências. No mercado, estima-se que o hoje, atinge apenas 12% moradias brasileiras.
INCLUSÃO. “Vejo um cenário em que as camadas de menor poder aquisitivo da população poderão contar com diferentes tipos de cobertura para a vida, a saúde, suas casas e os pequenos empreendimentos. O microsseguro ajudará muito nesse processo, mas será fundamental também a iniciativa das seguradoras, que pesquisam e desenvolvem produtos específicos para esse público, com a ajuda dos corretores e de suas equipes”, diz Paulo dos Santos, alinhado ao seu discurso feito no Congresso dos Corretores de Seguros de São Paulo, há duas semanas.
Ele destaca que a realidade atual já se configura muito positiva, ainda que sejam necessários ajustes para que a decolagem definitiva da indústria de seguros ocorra de “forma suave e tranquila”. Sob este aspecto, lembra que o mercado de seguros brasileiro atravessou, sem qualquer turbulência, uma crise internacional de grandes proporções.
Fonte: Jornal do Commercio