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SulAmérica vai lançar ações e listar papéis no Nível 2

A SulAmérica pediu ontem autorização à Comissão de Valores Imobiliários (CVM) para fazer uma oferta pública de ações. A seguradora, uma das maiores do país, vai listar suas ações no Nível 2 da Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), que exige práticas diferenciadas de governança corporativa.
Ao contrário de muitas operações recentes do mercado, a oferta da SulAmérica não terá venda secundária de ações. Ou seja, o dinheiro captado não vai para os sócios, mas para reforçar o caixa da empresa. Em um momento de forte volatilidade, como o atual, os investidores preferem comprar papéis em emissões primárias, justamente porque as perspectivas de crescimento da empresa melhorar após a capitalização.
A seguradora vai lançar no mercado “Units”, um recibo que representa ações. No caso da SulAmérica, o papel será composto de uma ação ordinária (ON, com direito a voto) e duas preferenciais (PN, sem direito a voto). O lançamento de ações será coordenado pelo Unibanco. No mercado, especula-se que será um dos maiores já feitos no país.
A SulAmérica já tem o capital aberto e é listada na Bovespa com o nome SulAmérica Cia Nacional de Seguros. Mas apenas pequena parcela do capital está no mercado. Suas ações ON tiveram 141 negócios ontem e fecharam em alta de 1,75%. No ano, sobem 37%. Ontem, vendeu seu edifício sede no Rio.
A família Larragoiti e o grupo holandês ING são os sócios da SulAMérica. O ING tem 49% do capital da seguradora e colocou mais de US$ 160 milhões em dinheiro novo na companhia. A sociedade existe desde 2002.
Em 2006, a seguradora conseguiu reverter dois anos de prejuízos e apresentou lucro líquido de R$ 219 milhões. A melhora veio principalmente da carteira de saúde, que passou por reestruturação para reverter as pesadas perdas com planos individuais.
Os prêmios totais da companhia somaram R$ 6,6 bilhões, dos quais 53% vieram da área de saúde, 32% de autos, 11% de riscos industriais e 5% de seguros de pessoas. A área que passa por mudanças agora é a de riscos industriais, a única a dar prejuízo em 2006. Com a abertura do resseguro e o aquecimento da economia, o segmento tende a ter crescimento mais acelerado.
Além disso, a Superintendência de Seguros Privados (Susep) lançou o Solvência II, que exige adequações de capital e risco mais rígidas. Muitas seguradoras vão precisar se capitalizar.
No setor de seguros, a Porto Seguro abriu o capital em 2004 e listou os papéis no Novo Mercado. As ações acumulam alta de 50% em 12 meses.

Fonte: CQCS

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