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SulAmérica tem maior lucro em 112 anos

O lucro líquido cresceu 108,5% e ficou em R$ 321 milhões. A receita total bateu em R$ 7 bilhões, expansão de 6%. Ontem, as ações da seguradora fecharam em alta de 1,85%.
Patrick de Larragoiti Lucas, presidente da SulAmérica, atribui os ganhos recordes à melhora operacional da companhia. A performance melhorou e os sinistros caíram. A sinistralidade total caiu 3,1 pontos percentuais e encerrou o ano em 68,4%. O índice combinado (que avalia a eficiência operacional; quanto menor, melhor) caiu 1,4 ponto e ficou em 97,5%. Esse índice já chegou a superar 104% em 2004.
“Foi a melhor empresa de todo o setor de seguros em termos de crescimento de resultados e de rentabilidade”, afirma um consultor que analisou os balanços das principais seguradoras.
A carteira de saúde, a principal da SulAmérica, cresceu 13%, com prêmios de quase R$ 4 bilhões. A carteira, focada em saúde empresarial, representa 55,6% dos prêmios da companhia. Com o crescimento destes planos, em detrimento dos planos individuais para pessoas físicas, que pararam de ser comercializados, a sinistralidade da carteira total caiu. Baixou de 78,9% para 73,2%. Em vendas, o destaque foi os planos para pequenas e médias empresas, que subiram 42%. O segmento já representa 10% da carteira de saúde.
Já na carteira de automóveis, a segunda maior da SulAmérica, os prêmios caíram 4,2% em 2007, para R$ 1,9 bilhão. Larragoiti atribui esta redução a forte concorrência do setor, que levou a queda dos preços no mercado. Segundo ele, a política da companhia privilegia a rentabilidade e não o simples aumento das vendas por preços menores.
No quarto trimestre, a carteira começou a mostrar recuperação e cresceu 10% em comparação ao mesmo período de 2006. Na cidade de São Paulo, foco da companhia, a expansão foi de 17%.
Segundo Arthur Farme d´Amoed Neto, vice-presidente corporativo e de relações com investidores da SulAmérica, a empresa resolveu adotar em setembro uma precificação mais seletiva para os motoristas, para definir um preço mais justo.
A frota segurada cresceu 5,5% e bateu em 1,6 milhão de veículos. Também na carteira de automóveis os sinistros caíram, embora de maneira mais discreta. Baixou de 60,6% para 60,1%.
Nos outros segmentos que a SulAmérica opera, houve expansão de 45% nas vendas de VGBL. A carteira de seguros de pessoas teve queda de 3,5% nos prêmios, para R$ 341 milhões, por causa do cancelamento de apólices com rentabilidade “insatisfatórias”.
Por conta da abertura de capital, que custou R$ 42 milhões, e das despesas de publicidade com o lançamento da Rádio SulAmérica, que completou um ano em janeiro, as despesas administrativas subiram 12,4%, para R$ 860 milhões

Fonte: Valor

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