SulAmérica diz estar pouco exposta a ações
A SulAmérica Seguros e Previdência está protegida contra os reflexos da crise internacional. Segundo o presidente da empresa, Patrick Larragoiti, a participação da SulAmérica no mercado de renda variável é de apenas 4%. “A maioria de nossas aplicações é em renda fixa, e, particularmente neste ano, estamos com um desempenho favorável graças aos juros mais altos no mercado doméstico”, afirma Larragoiti. Até junho, a taxa de retorno no segmento de previdência aberta foi de 18%. Segundo ele, as mesmas políticas aplicam-se ao setor de seguros da empresa, que tem uma participação ainda menor dos seus ativos na Bolsa de Valores de São Paulo (Bovespa), de apenas 1,5%. “Desenvolvemos uma política bastante conservadora”, afirma Larragoiti. Segundo ele, nos EUA e na Europa há uma cultura de investimento maior em renda variável devido à menor volatilidade no mercado de ações.
De acordo com Larragoiti, em parceria com a ING, a SulAmérica ignora a crise e continua a desenvolver novos produtos de previdência. “Somos parceiros há sete anos e, com a experiência da ING, que atua em diversos países da América Latina, desenvolvemos melhores práticas e produtos para o mercado”, afirma o presidente da empresa.
Segundo o vice-presidente da SulAmérica, Renato Russo, durante a crise é que surgem as oportunidades de negócios para um investimento cauteloso em ações. Para ele, como os investimentos em previdência são a longo prazo, o ideal é buscar, prudentemente, aplicações em ativos com maior rentabilidade, como em renda variável. “A crise passa marginalmente pelo setor de previdência aberta da SulAmérica”. Segundo ele, do total de recursos administrados pela área de Previdência da companhia, o percentual alocado em ações é de 4%. Este índice refere-se à opção feita por clientes de PGBL e VGBL. “É uma parcela pequena para ter impacto nos nossos resultados”, afirma Russo.
Para o vice-presidente da SulAmérica Investimentos, Marcelo Mello, a parcela de investimentos dos fundos na bolsa cresceu nos últimos quatro anos devido ao sucesso das IPOs. “Este ano, com os reflexos da crise, esse crescimento será estável”, afirma Mello.
Para o executivo, os fundos vão reduzir seus lucros em renda fixa a partir do segundo trimestre de 2009, já que, por conta da crise, o Banco Central deverá antecipar a redução dos juros devido à diminuição do crescimento no mercado interno. “A tendência é as aplicações em renda variável se tornarem mais atrativas no segundo semestre de 2009”, afirma Mello. Segundo ele, no momento, cerca de 80% do mercado de previdência investe em renda fixa.
Fonte: DCI OnLine