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SulAmérica avança em multimercados

A área de investimentos da SulAmérica acredita que a conjuntura financeira, mais volátil nos últimos meses, é propícia para aplicações em fundos multimercados. Por esse motivo, foi reaberto o longevo fundo Dinâmico, criado em 1997, com patrimônio de R$ 150 milhões. A gestora se prepara para lançar também outro multimercado, mais conservador, sem renda variável e alavancagem. O objetivo é buscar retornos acima do CDI principalmente no mercado de derivativos a termo, conta o vice-presidente de Investimentos, Marcelo Pimentel Mello.
Este é um momento para o investidor procurar mais proteção contra as oscilações do mercado, comenta Mello. Segundo ele, o Dinâmico tem uma correlação negativa com os fundos multimercado macro. Isso quer dizer que, quando os fundos macro (que seguem tendências específicas nos diversos mercados de juros, bolsa, câmbio, etc) caem muito, essa carteira tende a apresentar caminho inverso. Por esse motivo, o Dinâmico é indicado como diversificação em uma carteira de fundos de risco mais elevado.
O Dinâmico reabrirá para captar mais R$ 120 milhões e, depois, será novamente fechado. Segundo Mello, a nova rodada de captação é possível graças ao aumento da liquidez do mercado, ou seja, é possível fazer mais operações para lucrar com a oscilação dos papéis, sem assumir risco de distorções por conta da falta de negócios ou do volume baixo dos ativos.
Desde sua criação, em outubro de 1997, até quinta-feira, o Dinâmico apresenta valorização de 820,4%, ou 22,1% ao ano, segundo dados do site Fortuna. No mesmo período, o Certificado de Depósito Interfinanceiro (CDI) subiu 537,8%. No seu pior ano, o Dinâmico rendeu 93% do CDI, diz Mello. O fundo tem taxa de administração de 1,2% ao ano e taxa de performance de 20% sobre o que exceder o CDI. Ele aceitará aplicações a partir de R$ 25 mil, com carência de 20 dias úteis para resgates do dinheiro.
Além de reabrir o fundo Dinâmico, a SulAmérica acaba de lançar o Evolution, um outro multimercado, mas sem renda variável nem alavancagem, que terá como meta render 110% do CDI. A idéia é criar um fundo similar às carteiras geridas por Felipe Barros no Banco Cooperativo do Brasil (Bancoob). Barros uniu-se à SulAmérica no fim do ano passado, trazendo a experiência na gestão de R$ 2 bilhões em fundos do Bancoob, especialmente os de perfil de risco moderado, tendo liderado vários rankings da revista ValorInveste.
Mello explica que a gestão do fundo será pautada principalmente por operações no mercado a termo, que consistem em negócios no mercado futuro com risco controlado e limitado. No entanto, o fundo poderá obter lucro em todos os mercados de renda fixa. É uma carteira para proteger mais os recursos neste momento de volatilidade, mas sem perder oportunidades de lucrar mais, diz Mello.

Fonte: Valor

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