SulAmérica avalia sinistro da Perdigão
Responsável pelo programa de seguros de riscos patrimoniais do complexo agroindustrial da Perdigão em Rio Verde, Goiás, a SulAmérica está empenhada em avaliar os prejuízos decorrentes do incêndio que atingiu a unidade no último sábado (21). Sem revelar o valor do sinistro e do risco coberto do local, o vice-presidente de riscos industriais e comerciais da seguradora, Carlos Eduardo Almeida, informou que “está trabalhando ativamente para efetuar o mais rápido possível a indenização”.
“A SulAmérica está em contato com o segurado por meio do corretor de seguros responsável pela apólice (ADDmakler) e já designou uma equipe de peritos para auxiliar a Perdigão no levantamento dos prejuízos de danos materiais e lucros cessantes, e da causa do acidente”, disse Almeida, reforçando que “o impacto do sinistro para a SulAmérica só poderá ser dimensionado após o levantamento dos prejuízos em conjunto com a Perdigão e o departamento de sinistro da seguradora”.
A cobertura da unidade Rio Verde da Perdigão está classificada em riscos nomeados. A apólice vale para incêndio, raio, vendaval, alagamento, explosão, lucros cessantes, deterioração de mercadorias em ambiente frigorífico. “A SulAmérica tem proteção de resseguro para o portfólio de riscos patrimoniais”, complementou Almeida.
Na avaliação de um executivo do mercado de seguros, o processo de indenização do sinistro não deve ser demorado. “Por se tratar de uma S.A. e ainda de capital aberto fica mais fácil para o regulador avaliar os danos. A Perdigão deve ter tudo contabilizado: nível de estoque da unidade afetada, produtividade e pedidos. Isso agiliza, normalmente leva mais tempo em empresas de pequeno e médio portes”, explicou a fonte, acrescentando que é usual no mercado até adiantar a indenização a partir de uma estimativa do sinistro.
Em comunicado, a Perdigão esclareceu que o setor de distribuição foi o mais afetado pelo fogo, com queima de produtos estocados. Outras unidades terão a rotina reajustada para dar conta do abastecimento. O incêndio durou mais de dez horas e não foram registradas vítimas entre os três mil funcionários que trabalhavam na ocasião. Ontem, a empresa divulgou balanço com os resultados de 2008, com destaque para a queda de 83% no lucro líquido em relação ao ano anterior, para R$ 54 milhões.
Fonte: Gazeta Mercantil