Sucesso do setor vem da diversificação de seus produtos
O presidente da CNseg, Dyogo Oliveira, foi entrevistado nesta quarta-feira, dia 26, pela jornalista Juliana Rosa, no Jornal Bandnews, logo após o anúncio da manutenção da taxa de juros da SELIC em 13,75% pelo Comitê de Política Monetária do Banco Central (COPOM).
Na ocasião, Dyogo elogiou a atuação do Banco Central para conter a inflação durante e no pós-pandemia, dizendo acreditar que a inflação irá convergir, ao longo de 2023, para dentro dos limites do regime de metas, possibilitando uma redução nas taxas de juros.
Sobre o setor segurador, o presidente da CNseg disse que vai muito bem, com crescimento acumulado até agosto de 17% nas receitas e 21% nos pagamentos de indenizações e benefícios. Devemos fechar 2022 com crescimento real de cerca de 10 ou 11%, valor acima do PIB, como tem sido nos últimos 10, 15 anos, declarou.
Segundo Dyogo, o sucesso do setor segurador vem de sua diversificação, pois, atualmente, oferece uma quantidade enorme de produtos novos como, por exemplo, o seguro contra inadimplência, contratado por pessoas com medo de perder o emprego e não conseguir honrar suas dívidas. Ele também citou outros seguros muito úteis durante a vida, como o seguro residencial, produto que é muito barato.
Para uma casa de 500 mil reais, exemplificou, o segurado pagará cerca de 300 reais por ano, tendo direito a todas as assistências acessórias que o acompanham, como serviços de eletricista e encanador. Atualmente, explicou o presidente da CNseg, o seguro mais contratado ainda é o de automóvel mas, mesmo assim, em um nível baixo de adesão, com apenas cerca de 30% dos veículos brasileiros segurados. O setor ainda tem muito espaço para crescer, faltando um maior conhecimento da população sobre os benefícios dos seguros, afirmou, lembrado que em países mais desenvolvidos, essa indústria representa entre 10 e 15% do PIB, enquanto, no Brasil, ainda gira em torno de 6,5%.
E abordando o setor do ponto de vista macroeconômico, ele explicou que a indústria de seguros é o grande poupador nacional, com aproximadamente 2 trilhões de reais em reservas, o equivalente a quase 30% da dívida pública nacional. Reservas, estas, que podem ser usadas, por exemplo, para o desenvolvimento de energias limpas e outras novas tecnologias. Com algumas alterações regulatórias, esse dinheiro poderia estar sendo usado para irrigar os recursos para infraestrutura, explicou.
Fonte: NULL