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“Sou Segura Summit 2023´´ aponta dificuldades enfrentadas pelas mulheres

Nesta quarta-feira (08 de março), o “Dia Internacional da Mulher” foi comemorado com muito debate, depoimentos emocionados e dicas para quem pretende empreender ou ascender a postos de comandos nas empresas do setor, no segundo dia “Sou Segura Summit 2023”, realizado em São Paulo.

As dificuldades enfrentadas pela mulher que está grávida foram um dos temas abordados. “Pesquisas indicam que dois anos após ter filhos, 48% das mulheres não estão mais no mercado de trabalho”, revelou Luciana Cattony, cofundadora da Consultoria Maternidade nas Empresas.

Segundo ela, prevalece, no mundo corporativo, a crença que, após ser mãe, a mulher perde o interesse pelo trabalho ou por viagens ou por disputar uma promoção da empresa. “Se há uma candidata mãe a cargos de comando, a gente ouve sempre que ela não vai querer porque tem filho pequeno.”, exemplifica a consultora, acrescentando que é preciso perguntar à pessoa antes de supor. As mulheres com deficiências físicas também enfrentam sérios problemas nas empresas.

“A legislação brasileira é maravilhosa, mas não funcionam na prática. Menos de 10% dos banheiros que frequento oferecem acessibilidade como deve ser. Deveriam perguntar a nós o que precisamos de fato, não apenas cumprir a legislação”, sugeriu Alessandra Trigo, consultora, mentora e palestrante em Diversidade e Inclusão, e mestre em Direito Constitucional que usa cadeira de rodas para se locomover.

POSICIONAMENTO

Já no painel que abordou o posicionamento da mulher executiva, a consultora de Desenvolvimento de Talentos & Carreiras, Mariana Passos, revelou que, no mundo corporativo, têm mais chances de ascender nas empresas as pessoas que “causam impacto”, ainda que não sejam as com melhor desempenho. “Na vida prática, tem mais chance de sucesso aquele que é ouvido, tem carisma e influência sobre os outros. Então é preciso cuidar da imagem, trabalhar isso. Pesquisas indicam que 60% das conversas são sobre outras pessoas. A gente está na boca das pessoas. Então, é preciso se cuidar para ter boa reputação na empresa”, recomendou.

Já a vice-presidente Jurídico e Compliance na EZZE Seguro, Marcia Takakura, sugeriu que as pessoas sejam simples, objetivas e evitam usar linguajar pedante. “É preciso falar a linguagem do público interno. Ser simples, se preocupar apenas com o básico e não gastar todo o salário para comprar roupas. A sua presença é mais importante que a sua vestimenta”, sugeriu.

No mesmo painel, foi anunciado que uma das participantes, Tatiana Cerezer, superintendente de Marketing da Mapfre, estava sendo promovida, naquele instante, a diretora de Comunicação e Marketing da companhia, o que gerou efusivos aplausos de toda a plateia.

RISCO

No painel que discutiu a participação das mulheres no gerenciamento de riscos, o CEO da Sompo Seguros, Alfredo Lalia Neto, elogiou a atuação feminina nessa área. “A gestão de riscos é tão importante que uma empresa pode quebrar se houver má gestão. Trabalhei com muitas mulheres nessa área e recomendo a contratação dessas profissionais”, comentou o executivo.

Ele acrescentou ainda que as mulheres já representam 55% do número de funcionários da Sompo. Nas áreas de comando, o percentual de participação feminina subiu de 33% para 40% desde o ano passado.

EMPREENDEDORAS

No painel sobre empreendedorismo feminino, a presidente e fundadora da Way Reguladora de Sinistros, Cátia Muller, lembrou que durante a pandemia as mulheres foram as mais prejudicadas no mundo corporativo, e muitas perderam o emprego. “A pandemia pegou todos de surpresa e as mulheres foram as mais afetadas. Boa parte não tinha com quem deixar os filhos e teve que empreender para sobreviver”, pontuou.      

Fonte: NULL

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