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Solvência em debate na homenagem a Henrique Brandão

Henrique Brandão, presidente do Sindicato dos Corretores de Seguros do Rio de Janeiro, foi homenageado nesta última terça-feira, 24, pelo Clube Vida em Grupo do Rio de Janeiro – CVG-RJ. Na abertura do evento, o presidente do CVG-RJ, Octávio Perissé, afirmou que “Brandão merecia esta homenagem não só por sua reeleição, mas pela pessoa que ele é, pela amizade que ele tem conosco e pelo apoio que ele sempre deu ao CVG-RJ”.
Além de ser homenageado, Brandão ministrou palestra sobre Solvência, tema que está na ordem do dia por conta das novas regras propostas pela Susep. “É uma discussão bastante antiga no mundo todo. Temos que discutir o acordo da Basiléia II. Se a solvência for aplicada da maneira que está sendo proposta vai representar uma inviabilização das pequenas seguradoras. Das 91 seguradoras do mercado brasileiro, apenas 20% representam 80% da produção. Das 80%, vai ter seguradora aportando 50 a 200% de capital, ou seja, inviabiliza completamente. Isso vai causar uma concentração de mercado. Eu sou totalmente a favor da solvência, o que eu quero discutir é o modelo de solvência”, afirmou o dirigente durante a palestra.
Ele lembrou ainda que o acordo da Basiléia é um acordo da Comunidade Européia, mercado maduro, enquanto o brasileiro ainda está ´verde´. “Precisamos de uns oito anos para nos adaptar ao modelo europeu e não apenas três, como está sendo proposto”, explicou Henrique Brandão.
O presidente do Sincor-RJ também fez algumas sugestões para que a implantação do novo modelo de solvência seja bem-sucedida. “Estudar um prazo maior para que as exigências sejam cumpridas pelas seguradoras, determinar um capital adicional, a exemplo dos bancos, de acordo com o risco de cada companhia, implantar mecanismos de resseguro financeiro, aporte de recursos e blindagem das reservas”, diz.
O superintendente da Susep, Renê Garcia, que também participou do evento, e aproveitou a ocasião para ressaltar que com a abertura do resseguro formaram-se novos padrões de capital, baseados nos riscos assumidos pelas seguradoras. “A solvência não é uma discussão que caiu do céu, o mercado sabia que isso ia acontecer. É preferível uma paz negociável do que uma batalha. Ao invés de ficar aqui discutindo esse ‘banho de sangue’ que pode ocorrer, acho mais razoável que cada empresa vá a Susep isoladamente, apresentar sua necessidade, seu ponto especifico”.
Ele também defendeu o modelo que estão sendo proposto. “Não se trata de uma ação irresponsável do Estado, mas de um modelo de regulação discutido em organismos internacionais. Ao contrário do que a opinião pública pode pensar, não é um modelo concentrador, é um modelo que vai levar a um grau de especialização maior no Brasil”, afirmou.
O evento foi realizado na Associação Comercial do Rio de Janeiro, reuniu cerca 200 pessoas, sendo lideranças do mercado segurador, presidentes de entidades e diretores de seguradoras, corretoras, e das assessorias de seguros, entre eles, Renê Garcia (Susep); João Elisio Ferraz de Campos, (Fenaseg); Luiz Tavares (Sindseg-RJ); Leôncio Arruda (Sincor-SP);Olívio Américo (Aconseg-RJ); Oswaldo Mário (SulAmérica); Marco Antônio Rossi (Bradesco Vida e Previdência); Fábio Maia (Dix); José Rômulo da Silva (Sincor-ES); e Federico Baroglio (Generali).

Fonte: Fenaseg

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