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Socorro! O cliente sumiu!

É um dar-se conta. Um belo dia você chegou ao escritório e constatou que o registro de sua carteira de clientes está pela metade. O que aconteceu? Pane no sistema? Não. Seu escritório cresceu, você achou melhor fazer uma nova gestão do trabalho e concentrou o cuidado dos seus clientes em um único funcionário.
Você ensinou tudo para ele. Ele aprendeu. Pegou gosto e passou a se destacar. Ele cuidava dos clientes. Um dia esse funcionário achou que seu escritório era pequeno demais pra ele e decidiu alçar voo. O problema é que ele levou os clientes com ele. Isso é correto? Eticamente, não. Nesse caso é preciso avaliar bem se vale recorrer à Justiça por “espionagem” ou “roubo” de informações.
O Corretor de São Paulo, Luiz César Tamura tem um caso curioso. Ele conta que demitiu um funcionário que era auxiliar administrativo. O funcionário foi demitido por justa causa. Ele se apropriou indevidamente da primeira parcela de um plano de saúde empresarial. “Fiquei sabendo , pois, fui cobrar o proprietário que me informou que já havia pago ao funcionário e comprovou através de cópia do cheque já compensado pelo banco e depositado na conta do “dito cujo””, lembra.
Façamos um corte. Até aqui o caso de Tamura não tem nada a ver com o “simples” roubo de clientes. Foi um caso de desvio mesmo. Mas o interessante é que ele foi descoberto porque ele estava “próximo” do Corretor. Ou seja, Tamura deu um atendimento ao cliente ao lembrá-lo sobre o pagamento.
Isso confirma o que o professor Bruno Kelly, professor da Escola Nacional de Seguros, disse recentemente em entrevista ao CQCS: Mesmo que o atendimento seja feito por um funcionário, o Corretor deve estar presente na operação e investir no relacionamento e atendimento. O Corretor deve entrar em contato com o cliente para saber se está satisfeito, isso é um controle de qualidade.
Voltando a história do colega Tamura. Diante das provas ele demitiu o funcionário que recorreu à Justiça do Trabalho e pediu uma indenização no valor de R$ 60 mil. O caso ainda está na justiça porque Tamura questiona a decisão do juiz que estabeleceu o pagamento de R$ 3.700 ao funcionário de indenização trabalhista.
Bom, o ex-funcionário começou a trabalhar com outro Corretor prospectando os segurados clientes de Tamura. “Ele havia tirado xerox das apólices e propostas, e posteriormente tirou a sua Susep e hoje tem sua própria corretora. De um total de 230 segurados, uns 80 deve ter renovado com ele”, diz. Isso vale um questionamento na Justiça? “Decidi não processá-lo pela prospecção dos segurados, pois, me considerei vitorioso com o processo trabalhista que ficou registrado em sua carteira como justa causa. Além disso, o gasto com o advogado não compensaria as perdas dos seguros e comissões”,diz

Fonte: CQCS

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