Sinistros crescerão mais rápido que receitas no pós-pandemia
O Valor Econômico informa que a Bradesco Seguros espera que as receitas voltem a crescer nos próximos trimestres, mas em um ritmo menor do que a quantidade de sinistros, informou a analistas hoje o presidente da seguradora, Vinicius Albernaz.
“É provável que as receitas de prêmios e contribuições vão voltar a crescer de escada, enquanto os sinistros subirão de elevador” , afirmou o executivo em teleconferência. “Por isso, prudencialmente falando, faz sentido construir provisões.”
A seguradora do banco teve lucro líquido de R$ 2,519 bilhões no primeiro semestre do ano, uma queda anual de 30,9%. A representatividade no lucro do banco passou de 29% para 33% no período. As receitas somaram R$ 3,778 bilhões no segundo trimestre, em relação a R$ 2,931 bilhões no trimestre anterior.
“De fato, tivemos um resultado operacional de seguros forte no segundo trimestre, que veio de condição atípica de queda de sinistralidade de saúde e automóvel pelo afastamento social”, explicou Albernaz.
O índice de sinistralidade foi de 62,4% no segundo trimestre – desconsiderando a provisão adicional -, em relação a 72,9% nos três meses anteriores e 72,5% no mesmo período do ano passado, como reflexo do fato de as pessoas terem reduzido procedimentos médicos e o tempo dirigindo.
No primeiro semestre, a seguradora formou provisões de R$ 1,1 bilhão, embora com resultado operacional forte, exatamente porque espera uma retomada da sinistralidade e um cenário econômico mais desafiador, segundo disse o executivo. “Entendemos que mais para frente devemos ver incremento da sinistralidade que pode vir associado a algum tipo de piora de indicadores sociais, o que tem efeito na frequência de roubo e furto, por exemplo.” Na carteira específica de vida, a companhia já percebe aumento da sinistralidade, associado à pandemia e que não estavam precificados.
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