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She Economy: Como o Poder Econômico Feminino está Redefinindo o Mercado

O termo She Economy foi popularizado por um estudo na China que revelou uma transformação significativa no comportamento de consumo e investimento feminino. Hoje, as mulheres não são apenas consumidoras influentes; elas estão no centro da economia global, moldando tendências e setores de maneira estratégica.

A pesquisa destacou alguns dados impressionantes:

  1. Decisão de compra em massa: As mulheres são responsáveis por mais de 70% das decisões de consumo em áreas como alimentos, vestuário, saúde e educação.
  2. Poder de investimento crescente: O número de mulheres que buscam alternativas para construir patrimônio (como imóveis, fundos de investimento e consórcios) cresceu exponencialmente.
  3. Preferências por marcas e experiências: Mulheres priorizam marcas que ofereçam personalização, confiabilidade e que estejam alinhadas com seus valores.

Oportunidades e desafios para o mercado de Seguros e Consórcios

Com base nesse estudo, é possível identificar oportunidades claras para o mercado financeiro e, especificamente, para consórcios:

  1. Planejamento financeiro de longo prazo
    A She Economy mostra que as mulheres têm um perfil mais conservador e estratégico em relação ao dinheiro, preferindo opções que permitam alcançar objetivos de forma estruturada. O consórcio é um exemplo prático desse comportamento: ele permite a aquisição de bens ou serviços sem a necessidade de juros altos, oferecendo previsibilidade e segurança.
  2. Construção de patrimônio com independência
    Muitas mulheres estão assumindo o protagonismo financeiro de suas famílias ou mesmo buscando construir seus próprios patrimônios. No Brasil, 40% dos lares já são chefiados por mulheres — um reflexo claro dessa tendência. Nesse contexto, o consórcio pode ser uma solução acessível para quem busca investir em bens de alto valor, como imóveis ou veículos, de maneira programada.
  3. Foco em experiências e impacto social
    Além de bens materiais, o estudo aponta que as mulheres valorizam cada vez mais experiências significativas e soluções alinhadas com seus valores. Empresas que entendem e dialogam com essas necessidades conseguem criar uma conexão mais profunda e leal com esse público.

Lições para o mercado: como atender à She Economy

Para atender a esse público, algumas estratégias são essenciais:

  • Comunicação personalizada: É preciso falar a língua das mulheres, utilizando narrativas que reflitam suas aspirações e desafios;
  • Produtos alinhados às necessidades reais: Mais do que oferecer soluções financeiras genéricas, é crucial desenvolver produtos que dialoguem diretamente com as prioridades femininas, como planejamento para filhos, independência financeira e segurança patrimonial. Isso exige entender profundamente as motivações e desafios do público feminino.
  • Soluções específicas para mães solteiras: Um grupo significativo dentro da She Economy é o das mães solteiras, que frequentemente enfrentam desafios únicos ao equilibrar a gestão financeira, o planejamento de longo prazo e as necessidades familiares. Produtos que ofereçam flexibilidade, como prazos ajustáveis, contribuições menores e objetivos personalizáveis, são especialmente relevantes para esse público, ajudando-as a construir segurança financeira para si e para seus filhos.

Um mercado redefinido pelo poder feminino

She Economy nos mostra que atender às demandas das mulheres não é apenas uma questão de inclusão, mas uma estratégia de negócio inteligente. Para empresas do setor financeiro, incluindo consórcios e seguros, é o momento de inovar e criar soluções que empoderem ainda mais as mulheres a realizarem seus sonhos e construírem um futuro próspero.

O impacto do poder econômico feminino está aí, moldando mercados e quebrando barreiras. A pergunta é: estamos prontos para acompanhá-lo?

Márcia Camacho
COO at Chegolá Consórcio

Executiva com mais de 20 anos de experiência no mercado de seguros, formada em Administração pela Escola Nacional de Seguros. Com passagem pelas seguradoras multinacionais AGF e Allianz. Atuou desde 2012 no segmento de Insurtech, integrando inovação e tecnologia à distribuição de seguros. Foi diretora de operações da Minuto Seguros por 8 anos, onde liderou a implementação de índices de satisfação reconhecidos pelos clientes em diversos canais de avaliação. Na Creditas, ocupou o cargo de diretora da unidade de seguros, impulsionando estratégias de crescimento e eficiência operacional.

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