Setor de serviços cresceu 6,6% em junho
O volume de serviços prestados no Brasil avançou 6,6% em junho, na comparação com maio, segundo pesquisa de desempenho do setor divulgada nesta terça-feira (14) pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).
A alta vem após uma queda de 5% em maio a maior já registrada pela pesquisa , fortemente influenciada pela greve dos caminhoneiros, que durou 11 dias no final de maio.
Segundo o IBGE, trata-se do maior resultado da série histórica, iniciada em janeiro de 2011.
Apesar de ter conseguido mais do que se recuperar das perdas de maio, o setor encerrou o 2º trimestre com uma queda de 0,3% na comparação com o 1º trimestre do ano – a segunda queda consecutiva. Na comparação com o mesmo trimestre de 2017, também houve queda de 0,3% – a 14ª queda nesta base de comparação.
Em relação à junho de 2017, o volume de serviços avançou 0,9%. Com isso, houve redução no ritmo de queda do acumulado do ano, que passou de -1,3% em maio para -0,9% em junho.
Já o acumulado em 12 meses ficou em -1,2%, superando o resultado anterior à greve dos caminhoneiros, já que em abril o indicador havia sido de -1,4% e o de maio, -1,6%. Apesar do resultado negativo, o IBGE aponta que há sinais de recuperação.
Com esse resultado de junho, o setor retoma sua trajetória ascendente que havia sido interrompida em maio, destacou o gerente da Pesquisa Mensal de Serviços, Rodrigo Lobo.
Desempenho por setor
O avanço em junho foi puxado pelos serviços de transportes, serviços auxiliares aos transportes e correio, que cresceu 15,7%. O segmento de transporte terrestre teve alta de 23,4%, impulsionado pelo aumento na receita das empresas de transporte rodoviário de carga, e o de transporte aéreo cresceu 12,1%.
Outros destaques de alta foram os ramos de serviços de informação e comunicação (2,5%), de outros serviços (3,9%) e de serviços profissionais, administrativos e complementares (0,4%).
Por outro lado, oss serviços prestados às famílias recuaram 2,5%, a segunda taxa negativa seguida. Também registraram queda serviços de alojamento e alimentação (-2,4%) e serviços técnico-profissionais (-2,2%).
Por regiões
Regionalmente, 22 dos 27 estados tiveram altas nos serviços em junho, na comparação com o mês imediatamente. O destaque foi São Paulo, com alta de 4,6%, a alta mais intensa desde o início da série histórica. Outros resultados positivos vieram de Minas Gerais (9,8%), Paraná (10,1%), Rio de Janeiro (3,6%), Mato Grosso (22,6%) e Bahia (9,7%).
Fonte: G1