Seguros representam 11,7% do ganho
O lucro líquido consolidado das operações de seguro, previdência e capitalização do Banco Itaú foi de R$ 345 milhões no primeiro semestre deste ano, alta de 26,8% em relação ao mesmo período do ano anterior. O valor representa 11,7% do ganho divulgado pelo banco.
Segundo Silvio Carvalho, diretor executivo de controladoria, as três atividades foram unificadas na operação do banco para medir a performance de cada empresa. `O Itaú passou a alocar capital para cada operação com o objetivo de identificar o risco e quanto de capital a administração julga necessário para operar de forma segura com cada segmento. O primeiro passo foi a recomposição de resultado e agora continuaremos crescendo com rentabilidade`, disse.
O segmento de seguros da Itaú registrou prêmios de R$ 1,286 bilhão no primeiro semestre deste ano, crescimento de 9,5% comparado ao mesmo período do ano passado. Automóvel é a maior carteira. O capital alocado na atividade no período foi de R$ 459 milhões. O lucro líquido ficou em R$ 93 milhões, o dobro dos R$ 47 milhões, elevando o retorno anualizado sobre o capital para 40,5%, contra os 23% do mesmo período do ano anterior. O índice combinado de seguros ficou em 88,8% no semestre, abaixo dos 92,7% do período anterior. `Houve uma melhoria significativa na atividade de seguro porque o lucro melhorou em razão de um modelo sofisticado que nos permite ter uma precificação do produto melhor e assim fazer uma seleção dos clientes. Quem representa mais risco paga mais e quem oferece menos risco paga menos`, disse Carvalho.
Em previdência privada, o Itaú obteve contribuições de R$ 1,8 bilhão, alta de 19% sobre os R$ 1,5 bilhão do mesmo período anterior. O lucro líquido da operação foi de R$ 185 milhões, acima dos R$ 176 milhões do primeiro semestre de 2005. O capital alocado nas operações de previdência foi de R$ 787 milhões, menor do que os R$ 810 milhões. O retorno do capital foi de 46,9%.
O VGBL lidera as vendas de previdência do Itaú, com R$ 1,43 bilhão, alta 25,7%. O PGBL registrou receita de R$ 320 milhões, 3,6% acima dos R$ 309 milhões do primeiro semestre de 2005. Os planos tradicionais, que não são mais vendidos, ficaram estáveis em R$ 128 milhões. O seguro de vida registrou prêmios de R$ 221 milhões, alta de 13,3%.[1]
A venda de títulos de capitalização somou R$ 421 milhões, alta de 1,8%. O lucro com a operação foi de R$ 65 milhões, acima dos R$ 59 milhões do período anterior. O capital alocado para a operação foi de R$ 100 milhões, abaixo dos R$ 145 milhões do período anterior, resultando em um retorno sobre o capital de 129%, bem melhor do que os 82%. `O retorno é elevado porque o capital é pequeno. Isso deverá mudar quando entrar em vigor as regras de Basiléia II, que exigirá a locação de mais capital para risco operacional`, disse.
Fonte: Gazeta Mercantil