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Seguros populares estão em alta

De olho na nova classe média, bancos e seguradoras estão desenvolvendo produtos populares na mesma linha dos microsseguros que devem ser regulamentados este ano –> Normalmente associada à proteção de bens considerados mais caros, como carros ou imóveis o mercado de seguros mudou. Hoje, de olho na nova classe média, bancos e seguradoras oferecem produtos populares. São seguros que custam pouco, cobrem de raios até bala perdida e vão na mesma linha dos microsseguros. Esses, no entanto, ainda vão ser regulamentados pela Superintendência de Seguros Privados (Susep). A expectativa é que ainda este ano. Nas compras no varejo, o consumidor também passou a receber uma grande oferta de seguros de baixo valor que oferecem proteção por um preço mais acessível e a garantia estendida – além da que o fabricante oferece.
Segundo a Susep, a diferença de seguro popular e do microsseguro é grande. O primeiro é voltado para a massa, a classe mais baixa, mas qualquer um pode ter acesso. Uma pessoa da classe média, por exemplo, pode contratar um seguro popular, caso queira. O microsseguro terá um público específico. Apenas quem se enquadrar nas regras definidas pelo Governo é que poderá contratá-lo. A instituição informa ainda que será estipulada uma renda máxima para fazer essa “seleção”.
Mas o Grupo Bradesco de Seguros e Previdência ampliou a oferta de produtos de fácil contratação, baixo prêmio e valor segurado adequado às necessidades das classes C, D e E. No início deste ano lançou um seguro de vida por morte acidental (Primeira Proteção Bradesco), que começou, inicialmente a ser ofertado nas agências do Bradesco na Rocinha, no Rio, e em Heliópolis, em São Paulo, e desde fevereiro passou a ser comercializado em todas as capitais, especialmente nas agências do Banco Bradesco localizadas na periferia dessas cidades.
A empresa destaca que apesar do microsseguro ainda não estar regulado no País, o Grupo vem desenvolvendo produtos com conceitos e filosofia dessa modalidade, de acordo com as regras atuais do mercado. O diretor-executivo do Grupo Bradesco de Seguros e Previdência, Eugenio Velasques, explica que o Primeira Proteção foi criado com o objetivo de romper a desconfiança de que seguro era só para as classes mais elevadas e que as apólices têm textos muito longos e de difícil compreensão. “O texto explicativo do produto é claro e objetivo e está em sintonia com a expectativa desse público”, afirma.
O sócio-diretor da corretora Duraseg, Ivo Machado, diz que os bancos costumam vender atrelados para a clientela os seguros populares. Adianta que essa modalidade cresceu com a melhoria do poder aquisitivo da população. Entre outros tipos que estão no mercado cita os que oferecem proteção em caso de perda de emprego, os que cobrem até prestação da faculdade, por um determinado período, e os que são casados com um bilhete para sorteio. Na opinião de Machado, os microsseguros serão uma alternativa para a proteção familiar que a população de baixa renda ainda não tem acesso.
EMAIS – O mercado em potencial para os microsseguros, nos países em desenvolvimento, é estimado em pelo menos 1,5 bilhão de apólices – No Brasil, estima-se que 40 milhões de pessoas poderiam usar esse tipo de proteção. Há um projeto de lei sobre o assunto tramitando no Senado e a Susep espera que ele seja aprovado no 1º semestre deste ano – O especialista Craig Churchill, uma das maiores autoridades no assunto, diz que a população de baixa renda pode se beneficiar do seguro se ele for desenhado, entregue e cobrado de forma apropriada > O que define microsseguro é, segundo Churchill, o serviço ser feito e direcionado para os pobres, com preço mais baixo, menos burocracia e mais rapidez na hora de entregar o dinheiro, caso ocorra o imprevisto.
– A Susep diz que o microsseguro é um instrumento de inclusão social. Não é caridade, é um negócio. É bom para o mercado e para o segurado de baixa renda. Além disso, é bom para o governo que transfere para a seguradora parte da responsabilidade para com o cidadão.

Fonte: O Povo

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