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Seguros para bolsos de todos os tamanhos

Fazer um seguro de vida, residencial ou que garanta o pagamento de compras parceladas e da escola dos filhos, no caso de desemprego, pode ser mais barato que se pensa. Algumas opções oferecidas por corretores custam menos de R$ 20 ao mês e ajudam a dar um pouco de folga às famílias em momentos de sufoco.
Bancos, como o Bradesco, já oferecem seguros de vida com custos a partir de R$ 9,90 por mês e apólice em torno de R$ 10 mil. O Icatu, em parceria com a rede C&A, também tem planos a partir de R$ 9,90, com coberturas de até R$ 15 mil.
Em junho, uma estreante chegará ao mercado: a Capemisa, antiga Capemi (entidade de previdência complementar), lançará um seguro de vida de R$ 1,91 por mês para pessoas com até 80 anos. A indenização chega a R$ 35 mil.
– Muitas vezes, as pessoas deixam de ter seguros porque não sabem que existem ou porque acham que são caros – diz o diretor da Federação Nacional de Seguros Gerais (Fenseg) Neival Rodrigues.
Segundo ele, além dos seguros de vida, existem modalidades com boa relação entre custo e benefício: – Fazer um seguro residencial com cobertura em caso de incêndio, por exemplo, cuta cerca de 0,1% do valor do imóvel.
É barato e muita gente desconhece.
Preço não deve ser o único critério de escolha O Bradesco tem seguros residenciais com cobertura de incêndio, danos elétricos e roubos. O usuário também pode contar com serviços de profissionais como chaveiro, vidraceiro, eletricista e bombeiro.
O custo, no Rio, é a partir de R$ 85,90 por ano para uma garantia de até R$ 200 mil, em apartamentos. O valor sobe para R$ 129,25 ao ano, para coberturas de até R$ 400 mil.
Em casas, a anualidade sai por R$ 93,42, no caso de um imóvel de R$ 200 mil; e por R$ 135,30, para um de R$ 400 mil.
Outro seguro comum e de custo baixo é o prestamista, que consiste em quitar financiamentos em caso de morte ou desemprego do contratante.
– Se o cliente fez um financiamento de 12 meses e pagou até terceira parcela, por exemplo, terá as próximas seis quitadas caso fique desempregado ou sofra um acidente.
O preço varia de 3% a 10% do valor do bem, dependendo do produto. E pode ser diluído no valor das prestações – explica Gustavo Coubassier, diretor da Credifar, financeira que atende às Lojas Colombo, rede varejista que atua em estados do Sul e Sudeste do país.
O professor de finanças pessoais Gilberto Braga, do IbmecRio, lembra que não é apenas à compra de eletrodomésticos e eletrônicos que o seguro prestamista se aplica: – Às vezes ele é exigido no aluguel de um apartamento, quando o locador não tem fiador. Ou pode ser uma boa opção quando se faz um financiamento de longo prazo, como a compra da casa própria.
Apesar dos preços de seguros estarem cada vez mais atraentes, especialistas alertam que é preciso ter consciência na escolha. Gilberto Braga conta que já foi vítima de opções erradas: – Tive um acidente de carro três anos atrás. Fiz uma cirurgia e perdi parte da audição.
Na época, eu tinha uns dez tipos de seguro de vida e acidentes pessoais, desses que você vai contratando com o cartão de crédito ou em campanhas de bancos.
Quando fui ver, nenhum deles cobria invalidez no meu caso, só em acidente de trabalho.
O especialista em finanças pessoais Reinaldo Domingos diz que a escolha do seguro de vida deve levar em conta despesas e sonhos futuros, como a reforma da casa e o estudo dos filhos.
– Se você tem um gasto mensal de R$ 2 mil, o correto é ter um seguro que garanta uma apólice de R$ 400 mil. É o suficiente para que o dinheiro renda R$ 4 mil por mês em 30 anos. Metade, cobre os gastos da família. A outra parte deve ser guardada como poupança – ensina.
O estofador José Carlos da Silva de Lima contratou um seguro de vida com prêmio mensal de R$ 9,94 e apólice de R$ 10 mil. Com mulher e três filhos, ele tem gasto mensal familiar de R$ 1.000.
– O valor da indenização não é muito grande, mas daria para segurar as contas por uns dez meses – calcula.

Fonte: O Globo

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