Seguro para poucos: um mito a ser derrubado
Corretores
Se existe um caminho para derrubar o mito do seguro residencial inacessível, e mudar a cultura de parte da população que descarta esta e outras modalidades de seguro por razões econômicas, ele passa pelo massificado. O baixo custo do serviço e a praticidade de tê-lo faturado em contas essenciais, como as de energia, por exemplo, são a alternativa mais eficaz para disseminar a informação da proteção necessária a preço acessível e de fácil adesão. A proposta chega às mãos do consumidor das concessionárias e não causa fissuras no orçamento doméstico.
Uma pesquisa recente elaborada pelo Sindicato das Seguradoras, Previdência e Capitalização de São Paulo (Sindseg) revela que apenas 10% dos imóveis residenciais no Brasil estão cobertos por algum tipo de seguro. O número é baixo se levarmos em conta o custo das apólices para coberturas residenciais, e se comparado aos 32% de automóveis segurados.
O estudo aponta uma situação no mínimo intrigante: embora o seguro residencial seja substancialmente mais barato do que a cobertura de veículos o valor da proteção de um carro chega a 10% de seu valor total, enquanto o seguro residencial não ultrapassa 0,2% dos valores segurados , uma espécie de falso consenso aponta que proteger uma casa é algo acessível para poucos privilegiados.
Surge, porém, uma sinalização otimista: números da Federação Nacional das Empresas de Seguros Privados e de Capitalização (Fenaseg) registram que, em 2004, foram pagos R$ 590 milhões em seguros residenciais. No ano passado, o montante subiu para R$ 681 milhões. Ainda assim, é pouco para as alternativas que o mercado tem para oferecer.
Entre elas, os seguros massificados no segmento de utilities (prestação de serviço público). Com custos que variam de R$1,99 a R$5,50 mensais, é possível não apenas proteger uma casa contra acidentes e panes elétricas, e obter seguro para contas essenciais em caso de desemprego, como adquirir cobertura para situações indesejáveis e, infelizmente, corriqueiras, como roubo e furto.
Em conjunto com a AES Eletropaulo, a Aon Affinity do Brasil oferece cobertura contra incêndio, queda de raio e explosão no valor de R$ 30 mil, com o custo de R$3,99 mensais, pagos na conta de energia. Firmada em 2003, a parceria registra hoje 450 mil segurados e, até julho passado, indenizou mais de 3,4 mil sinistros, que representam mais de R$ 1,4 milhão pagos.
Por meio do convênio com a Companhia Paulista de Força e Luz (CPFL), assinado em 1999, a Aon acaba de colocar no mercado o primeiro massificado com cobertura contra roubo e furto. A novidade é fruto de uma pesquisa feita em 2005, que revelou o desejo da maioria dos 1,5 mil entrevistados de proteger o que foi adquirido ao longo de anos de trabalho intenso. Com um acréscimo de R$5,50 na conta de energia, o segurado conta com cobertura de R$ 1 mil e franquia de R$ 150 para os principais itens da casa televisores, microondas, aparelhos de som e dvd , cobertura contra incêndio, raio e explosão em até R$30 mil, além de sorteio de R$ 5 mil mensais pela loteria federal.
A ausência de burocracia para a adesão de um seguro massificado e seu baixo custo, bem como a vasta gama de produtos disponíveis e a qualidade do serviço prestado são atrativos suficientes para pôr fim à idéia do seguro caro e acessível para poucos. E nesta missão, todos têm a ganhar: mercado segurador, empresas parceiras e consumidor final.
Fonte: Seguros.inf.br