Seguro Habitacional cresce 13% em cinco meses
A diminuição do número de financiamentos imobiliários nos cinco primeiros meses de 2023 não impactou os preços dos imóveis residenciais que seguem valorizados, o que refletiu no crescimento do seguro Habitacional. A informação é comprovada em um levantamento produzido pela Confederação Nacional das Seguradoras (CNseg), o qual mostrou que o total arrecadado pela modalidade de seguro já ultrapassou R$ 2,6 bilhões em 2023, 13% a mais do que o observado no mesmo período de 2022.
Em termos de quitação da dívida do segurado com a entidade financiadora, foram desembolsados aproximadamente R$ 600 milhões este ano. Desde 2021, segundo o estudo da CNseg, a demanda pelo Habitacional tem apresentado crescimento constante, com evoluções mensais entre 10% e 15%.
Esse produto é contratado em financiamentos habitacionais, sendo uma garantia fundamental para as operações de crédito imobiliário, seja para aquisição ou para construção de imóvel residencial. Atualmente, o seguro habitacional contempla duas modalidades: Seguro Habitacional em Apólices de Mercado, que garante a quitação do saldo devedor em caso de morte e invalidez permanente do segurado, e Seguro Habitacional em Apólices de Mercado Demais coberturas, que se refere a coberturas dos riscos de Danos Físicos ao Imóvel e outras que sejam contratadas adicionalmente.
O seguro habitacional garante, no mínimo, a quitação do saldo devedor do imóvel financiado, em decorrência dos riscos de morte e invalidez permanente do segurado e a reconstrução do bem, caso ocorram danos físicos em decorrência de riscos cobertos. Dessa forma, este produto beneficia todas as partes envolvidas, tanto o comprador quanto a instituição financeira, a qual não terá prejuízos sobre o saldo devedor para os casos de morte e invalidez do segurado, explica Dyogo Oliveira, presidente da CNseg.
No momento da contratação do financiamento habitacional, a instituição financeira deve oferecer, no mínimo, duas opções de apólice de seguro Habitacional, que o segurado pode, ou não, aceitar.
O presidente da Confederação destaca que pelo menos uma das alternativas apresentadas precisa ser de seguradora que não tenha vínculo com a instituição responsável pelo financiamento e que, caso o cliente não aceite as opções propostas, ele deverá procurar outra seguradora para contratar apólice individual. O período de cobertura do seguro (vigência) terá início na data de assinatura do contrato de financiamento e finalizará no término deste ou na quitação da dívida, o que ocorrer primeiro, reitera.
O estudo da CNseg também mostrou que o mercado segurador experimentou alta no consolidado de todos os ramos entre janeiro e maio de 2023. Nacionalmente, desconsiderando Saúde Suplementar, as seguradoras retornaram aos seus clientes R$ 96,9 bilhões em pagamentos de indenizações, benefícios, sorteios e resgates, volume 2,9% superior ao desembolsado no mesmo período em 2022.
O mercado segurador, também apresentou alta de 8% na arrecadação no período, com o total de R$ 148,9 bilhões em seguros, contribuições em previdência e faturamento em capitalização.
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