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Seguro de vida e a força da mulher

A executiva Andrea Troncoso viveu na pele a importância do seguro de vida. Ela era sócia do marido em uma assessoria de seguros, com uma pequena parcela, mas trabalhava como fisioterapeuta.  Porém, no dia do seu aniversário em 2013, ele foi jogar futebol e faleceu decorrente de um enfarto agudo. Já no dia seguinte, ela assumiu a assessoria, sem nenhum conhecimento prévio do assunto, viúva e com três filhos em idade escolar. Na época, ele possuía um seguro de vida em grupo, mas em valor muito baixo que não supria as necessidades da sua família, se ela não trabalhasse, como sempre fez desde os seus 18 anos.

Porém, em meio a esse turbilhão de emoções e mudanças, ela encontrou o seu propósito de vida, um chamado, como ela mesmo diz. Fez cursos na Escola de Negócios e Seguros, se especializou em gestão, se autoconheceu neste ramo e percebeu que seguro de vida é uma carteira transformadora. “Quando o corretor entende essa importância pode devolver muitos benefícios à sociedade”.

E assim, ela começou a se desenvolver como líder, cuidando de sua carteira, dos 143 corretores. Em 2016, uma companhia que ela representava lançou o produto vida individual, onde se identificou totalmente, pois isso abriu a possibilidade de fazer consultoria adequada ao segurado, com todas as condições e especificações personalizadas.

Fiquei estarrecida. Ela estava ali do meu lado, no mesmo evento, com uma história de superação incrível. E não é uma simples história, mas sim se entrelaça e demonstra a importância do seguro de vida em uma família. E ela é a prova disso.

No intervalo começamos a conversar e ela me perguntou: mas, e você, tem seguro de vida? Nossa, fiquei assim sem palavras, sem graça de dizer que não. Porém ela percebeu a minha saia justa e disse: “Tudo bem, fica tranquila, eu recebo muitos nãos e isso é bom, porque mostra a oportunidade que há neste segmento, porém é preocupante, não quero que as pessoas vivam o que eu vivi”. E então, foi esse o momento que eu me atentei à sua história.

Em meio à emoção, ela conta que teve força para ressignificar sua vida, se encorajar. Hoje em dia a sua história é o exemplo da importância do seguro de vida para os corretores que ela atende hoje em sua assessoria. Para ela, esse é o seguro mais importante que todos deveriam ter.

Hoje Andrea faz MBA em Gestão e Liderança Organizacional, mas sempre com o intuito de levar o seu melhor para os corretores que atende. Mesmo diante de uma jornada de mudança de mindset, por ainda ser cultural, devagar ela continua com um único propósito: que nenhuma pessoa, seja homem ou mulher, passe pela mesma situação que ela.

Segundo a publicação nº 3 da Conjuntura CNseg, publicada em março deste ano, o segmento de cobertura de pessoas obteve um crescimento significativo em janeiro de 25,1%, com um montante de R$ 15,4 bilhões em prêmios e contribuições. Na análise, em 12 meses móveis, esse segmento apresentou crescimento de dois dígitos, desde setembro de 2019. Considerando somente o seguro de vida, o aumento foi de 23,2%, com volume de prêmio de R$ 1,5 bilhão.

Agora o grande desafio é manter esse desenvolvimento diante da crise oriunda da pandemia do Covid-19. Mas se no setor houver pessoas com a mesma determinação e disposição de vencer diante de obstáculos como Andréa, há a certeza de que dias melhores estão por vir.

Tany Souza
jornalista, editora do Portal Seguro Rural Brasil | Website

Atuou como repórter na Revista Cobertura, cobrindo eventos e produzindo conteúdos especializados sobre vários segmentos do seguro. Foi premiada por três anos consecutivo em 1º lugar no Prêmio Sincor-GO de Jornalismo, um prêmio voltado para matérias sobre seguro rural. Esteve por quatro anos sequenciais entre as finalistas do prêmio Fenacor de Jornalismo, ocupando o 2º lugar na categoria imprensa Especializada, em 2017.

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